FALTA DE ENERGIA
POR CAUSA DE PIPAS
O dado coloca a população em alerta para os perigos
da atividade, que também pode causar acidentes fatais
No mês
passado, a Celpa contabilizou 1834 casos de interrupção do fornecimento de
energia elétrica em todo o Estado por causa das pipas que ficam enroscadas na
fiação. Esse número representa um aumento de aproximadamente 40% desse tipo de
ocorrência em relação a junho do ano passado. Só em Belém, o número de
ocorrências em junho de 2018 foi de 389, seguido de Ananindeua, com 161, e
Castanhal com 124. O ideal é que esse indicador não volte a crescer no mês
julho, quando a prática se intensifica. Por isso a população precisa ficar em
alerta sobre os perigos envolvendo a brincadeira.
Em um
ranking elaborado pela empresa que elenca quais as cidades apresentam mais
ocorrências de falta de energia em junho ainda aparecem Capanema com cerca de
37 situações de falta de energia por ‘papagaios’. Logo em seguida, vem Santarém
com 35 casos, seguido de Bragança e Marabá com mais de 30 interrupções
motivadas pela brincadeira. Ainda de acordo com a concessionária, desde o
início do ano já foi possível registrar cerca de 4 mil situações de falta de
energia ocasionadas por pipas no Pará.
O
executivo da área de Segurança da Celpa, Alex Fernandes, orienta que além das
interrupções no fornecimento de energia, a atividade pode causar acidentes
graves e até fatais. “Quando as pipas ficarem engatadas na fiação elétrica,
jamais deve ser feito qualquer esforço para soltá-las, pois o contato de um
cabo com o outro pode causar curto-circuito e descargas elétricas, podendo
levar o cidadão a morte”, ressalta o executivo.
Ano passado,
milhares de pessoas no Pará foram prejudicadas pela prática da atividade
próximo a fiação: foram mais de 7,5 mil ocorrências, juntando os meses de
janeiro, maio, junho e julho, que são caracterizados também pelas férias
escolares. Os ‘papagaios’ que ficam enroscadas nos cabos também
exigem ações de reparos para retirá-los da fiação, com custos que poderiam ser
investidos em outras ações de melhoria do sistema elétrico.
SEGURANÇA - A concessionária destaca ainda que
as linhas com cerol (mistura de cola com vidro moído, em alguns casos até com
pó de ferro), ao entrar em contato com a fiação elétrica, também podem
provocar curto-circuito e até mesmo romper cabos. O risco de acidentes com
cortes, sobretudo, nas pessoas que circulam em motocicletas ou bicicletas é
muito grande. Por isso o ideal é empinar as pipas sem linha com cerol.
DICAS:
- Em
hipótese alguma usar barras de ferro, pedaços de madeira e materiais condutores
para retirar as pipas da fiação.
- Empinas
pipas somente e locais abertos de boa visibilidade, longe da fiação elétrica,
como parques, praias, praças ou campos de futebol
- Não
utilizar linhas com fios de cobre ou cerol, pois pode causar acidentes graves e
até mesmo rompimento de cabos.
- Atenção
a motocicletas e bicicletas, pois a linha, mesmo sem cerol, é perigosa para os
condutores
- Caso
a linha quebre, não correr atrás da pipa sem observar se o caminho é seguro.
- Não
soltar pipas em dias de chuva ou relâmpagos.