sábado, 14 de julho de 2018

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FALTA DE ENERGIA 
POR CAUSA DE PIPAS

O dado coloca a população em alerta para os perigos da atividade, que também pode causar acidentes fatais

No mês passado, a Celpa contabilizou 1834 casos de interrupção do fornecimento de energia elétrica em todo o Estado por causa das pipas que ficam enroscadas na fiação. Esse número representa um aumento de aproximadamente 40% desse tipo de ocorrência em relação a junho do ano passado. Só em Belém, o número de ocorrências em junho de 2018 foi de 389, seguido de Ananindeua, com 161, e Castanhal com 124. O ideal é que esse indicador não volte a crescer no mês julho, quando a prática se intensifica. Por isso a população precisa ficar em alerta sobre os perigos envolvendo a brincadeira. 

Em um ranking elaborado pela empresa que elenca quais as cidades apresentam mais ocorrências de falta de energia em junho ainda aparecem Capanema com cerca de 37 situações de falta de energia por ‘papagaios’. Logo em seguida, vem Santarém com 35 casos, seguido de Bragança e Marabá com mais de 30 interrupções motivadas pela brincadeira. Ainda de acordo com a concessionária, desde o início do ano já foi possível registrar cerca de 4 mil situações de falta de energia ocasionadas por pipas no Pará.

O executivo da área de Segurança da Celpa, Alex Fernandes, orienta que além das interrupções no fornecimento de energia, a atividade pode causar acidentes graves e até fatais. “Quando as pipas ficarem engatadas na fiação elétrica, jamais deve ser feito qualquer esforço para soltá-las, pois o contato de um cabo com o outro pode causar curto-circuito e descargas elétricas, podendo levar o cidadão a morte”, ressalta o executivo. 

Ano passado, milhares de pessoas no Pará foram prejudicadas pela prática da atividade próximo a fiação: foram mais de 7,5 mil ocorrências, juntando os meses de janeiro, maio, junho e julho, que são caracterizados também pelas férias escolares.  Os ‘papagaios’ que ficam enroscadas nos cabos também exigem ações de reparos para retirá-los da fiação, com custos que poderiam ser investidos em outras ações de melhoria do sistema elétrico.

SEGURANÇA - A concessionária destaca ainda que as linhas com cerol (mistura de cola com vidro moído, em alguns casos até com pó de ferro), ao entrar em contato com a fiação elétrica, também podem provocar curto-circuito e até mesmo romper cabos. O risco de acidentes com cortes, sobretudo, nas pessoas que circulam em motocicletas ou bicicletas é muito grande. Por isso o ideal é empinar as pipas sem linha com cerol.   

DICAS:

- Em hipótese alguma usar barras de ferro, pedaços de madeira e materiais condutores para retirar as pipas da fiação.

- Empinas pipas somente e locais abertos de boa visibilidade, longe da fiação elétrica, como parques, praias, praças ou campos de futebol

- Não utilizar linhas com fios de cobre ou cerol, pois pode causar acidentes graves e até mesmo rompimento de cabos.

- Atenção a motocicletas e bicicletas, pois a linha, mesmo sem cerol, é perigosa para os condutores

- Caso a linha quebre, não correr atrás da pipa sem observar se o caminho é seguro.

- Não soltar pipas em dias de chuva ou relâmpagos.