APLAUSOS E REPÚDIO
Faço a colação abaixo, para discorrer sobre três pontos; o da perspicaz ação da Corregedoria de Policia Civil de Brasília; da inércia da Corregedoria de Polícia Civil do Pará e da igualdade de ação dos delegados desregrados das duas Policias.
“A prisão do delegado da Polícia Civil do DF Severo Benício dos Santos, ocorrida na última terça-feira, dia 28, decorreu de denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), no dia 24, por corrupção ativa e coação no curso do processo. Um trabalho conjunto do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) e da Promotoria de Justiça de Ceilândia também denunciou o delegado da mesma corporação Raimundo Vanderly Alves de Melo por corrupção passiva. Ele foi afastado provisoriamente de suas funções. A investigação foi conduzida pela Corregedoria-Geral de Polícia.
Os dois delegados foram acusados de receber dinheiro para permitir que Edvard de Souza Alves da Mata, Adamastor Valério de Oliveira, Antônio Carlos Lopes Andrade e Edigard Enéas da Silva - denunciados por corrupção ativa, corrupção de menores e parcelamento irregular de solo urbano - loteassem ilegalmente as áreas conhecidas como Condomínio Pinheiro e Condomínio Brasil, em Ceilândia.
Alguns dos denunciados foram presos, preventivamente, para garantir a ordem pública e a instrução criminal, como foi o caso do delegado Severo Benício dos Santos, pois há notícias de que o acusado estaria intimidando testemunhas, e dos grileiros Edvard de Souza Alves da Mata, Edigard Enéas da Silva e Antônio Carlos Lopes Andrade. As medidas cautelares durarão, a princípio, 105 dias, salvo prorrogação justificada. A denúncia foi recebida e o processo tramitará perante a 3ª Vara Criminal de Ceilândia, respeitados os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório”. (Fonte: Ministério Público do Distrito Federal e Territórios).
Como bem explicito acima, a Corregedoria da PC de Brasília, não mediu esforços para extirpar a bandidagem que praticavam delegados membros da seara policial brasiliense, eviscerando sem subterfúgios as mazelas ali arraigadas por imorais servidores públicos detentores do poder de salvaguardar a ordem e a lei, levando os malfeitores as raias judiciais sem titubear. Isso é digno de aplausos.
Esta ação magistral, bem que poderia servir mesmo que efemeramente, de exemplo para a Corregedoria de Polícia Civil do estado do Pará, que vez ou outra fisga pequenos peixes, como no combate as drogas, só se prende “boqueiro”, o traficante é imexível. A onda de corrupção é nímia no âmbito da PC paraense, mas, não vemos delegados presos e tão somente seus comandados direto... Em alguns casos, pois tem aqueles em que o preso é irmão do delegado ou muitíssimo querido do mesmo. Isso é digno de repúdio.
Como se vislumbra, o cancro é extenso, e como nossa academia de policia é provinciana, vários delegados e outros policiais, saem para estágios em outros estados e no Distrito Federal, assim, alguns devem se contaminar naquela etapa, sendo hospedeiro do vírus maldito que logo é disseminado na seara policial paraense, sendo que nenhum delegado chega à raia judicial por iniciativa da Corregedoria da PC do Pará. Como diria Boris Casoy: Isso é uma vergonha