Delegado Geral é
a bola da vez
Após a escolha do delegado Luiz Fernandes Rocha para secretário de Segurança Pública do governo de Simão Jatene, o próximo passo na área da segurança pública se volta às escolhas do comandante-geral da Polícia Militar e do Delegado Geral da Polícia Civil. É briga de foice, como se diz vulgarmente, todos querendo alcançar o pódio.
Na Polícia Militar só pode alçar ao posto supremo da briosa quem estiver no posto de coronel. Nem tenente-coronel pode comandar a força de Fontoura no Pará. Contudo, na Polícia Civil, qualquer delegado, seja em início, em meio ou final de carreira, bronqueado o cara pode sentar na poltrona atualmente ocupada pelo delegado Raimundo Benassuly, o tri-débil segundo a jornalista Dora Kramer.
Existe uma grande quantidade de delegados aspirando comandar a Delegacia Geral da PC, inclusive ex-DG, como é o caso de Gilvandro Furtado e Láuriston Góes. Mas, além do mais cotado, Nilton Athayde que já foi Corregedor Geral e Delegado Geral Adjunto e atualmente está na diretoria do Sindicato dos Delegados. Vários outros delegados provavelmente se articulam para o cobiçadíssimo cargo como é o caso de Dilermano Tavares que já assumiu vários cargos na segurança pública, afilhado do deputado Gérson Peres, atualmente em baixa.
Roberto Teixeira, o “Teixeirinha”, é outro pretendente, apesar de estar há quatro anos no armário. E por falar em armário, estão por algum tempo fazendo de conta que trabalham: Gilvandro Furtado e Láuriston Góes. A rádio Cipó também veicula a pretensão do delegado Waldir Freire, atualmente fora de evidência da mídia paga, lotado na DEMA (Divisão de Meio Ambiente) desde quando foi sacado da direção da Seccional do Comércio.
Correm por fora, como cavalos paraguaios, os delegados Sérvulo Cabral, Alessandro Bastos, João Batista Medeiros, várias vezes candidato a vereador por Barcarena e outros menos divulgados.
Last Day
No dia 30 de julho deste ano, foi o último dia (Last Day) do exercício funcional de uma das maiores reservas morais da segurança pública paraense.
O delegado geral da Polícia Civil, Raimundo Maçaranduba Benassuly, pôs fim a carreira gloriosa de delegado de polícia na ativa, de um dos mais conceituados bacharel em direito junto a àquela instituição. Trata-se do delgado Roberto Monteiro Pimentel. Porém, o espírito ético e corporativista do pulcro delegado Roberto Pimentel, ainda não se desprendeu da matéria, vagando pelos corredores da DATA, com o objetivo de dar fim aos inquéritos que estão sob sua presidência, em suma, o dia 30 de julho foi numa linguagem espiritual o falecimento de uma magistral carreira, ou seja, caso Roberto Pimentel tivesse falecido, com certeza, baixaria em alguma entidade mediúnica existente na DATA e ali, psicografaria os relatórios de seus inquéritos.
Firma assim, o sengo e intrépido delegado Roberto Pimentel, o seu sacerdócio funcional, o que serve de incomensurável exemplo não só para a nova geração de delegados, como também, aos já arraigados nas mazelas da Polícia Civil, que perde prematuramente um profissional do mais alto cabedal de conhecimentos jurídicos e de segurança pública, o que ele abraçou sem titubear, fazendo de seu cargo, não um trampolim econômico ou político, e sim, o exercício incondicional de bem servir a sociedade, que ganha, um advogado da maior reputação.
Permita-me delegado Roberto Pimentel... Parabéns.
O pessoal do armário
Dentre os delegados aspirantes aos cargos de Delegado Geral, Delegado Geral Adjunto e Corregedor Geral, os três postos mais importantes da Polícia Civil, estão alguns que atualmente repousam no armário. Láuriston Góes, ex-Delegado Geral, por último, já fazendo mais de ano, dirigia a Seccional Urbana de Marituba, de onde saiu por motivos de saúde e até hoje, percorre os corredores da Delegacia Geral nó último dia útil de cada mês, quando ali vai assinar sua freqüência diária referente ao mês que está findando.
Dizem que certo dia o atual delegado Geral em visita a referida seccional se desagradou com seu funcionamento, tendo passado um pito em Láuriston, o qual mais tarde, foi bater em uma clínica do coração, ficando inicialmente de licença de saúde e depois no “enrolation”.
Outro que ocupa o armário é o também ex-Delegado Geral Gilvandro Furtado, sacado misteriosamente, em circunstâncias nunca bem explicadas, da direção da Divisão Especializada em Meio Ambiente. A seguir adoeceu e nunca mais trabalhou.Uma nomeação para um cargo de relevância serviria como bálsamo, o levando ao pronto restabelecimento, assim como a Láuriston.
Roberto Teixeira, o “Teixeirinha”, petista doente, mas, que se encantou no ninho tucano, foi Corregedor Geral no governo passado de Simão Jatene, porém, com a eleição de Ana Júlia, recolheu-se ao armário e até hoje, os papéis públicos que assina nos últimos quatro anos é a sua freqüência diária, no último dia útil de cada mês. Dilermano Tavares, que nos governos tucanos passados passou por vários cargos em comissão, inclusive como diretor geral do Instituto de Ensino de Segurança Pública (Iesp) e Diretor Geral da Segup, passou os últimos quatro anos passeando esporadicamente pelos corredores da DG. Com o retorno do governo tucano deve estar ansioso para “trabalhar”, pois deve ter carregado suas baterias nesse longo estio.
Alvoroço nas penitenciárias
Com a aproximação do natal e ano novo, as tentativas de fugas de presos das penitenciárias são constantes, e em nosso estado não poderia ser diferente.
Só nestes primeiros dias de dezembro, já houve três tentativa de fuga no hospital penitenciário e psiquiátrico do estado sediado no complexo de Americano, assim como outras seis nos presídios paraense, das quais cinco foram abortadas dado a ação empírica de policiais militares que vivem com dignidade funcional, caso raro na PM.
Das três tentativas no hospital psiquiátrico, duas foram frustradas e uma o preso conseguiu escapar estando longe dos agentes de segurança, que suspeitam de facilitação.
Na última tentativa acontecida na sexta-feira 17, o preso usou uma enfermeira como refém, usando um estilete, mas foi contido pelos policiais militares de serviço no complexo.
A fuga com sucesso está sendo investigada através de atos administrativos instaurados para descobrir quem garantiu a saída misteriosa do preso.
Os agentes de segurança reclamam e denunciam que 85% dos presos deslocados para o hospital penitenciário não sofrem de nenhum transtorno mental, e sim, uma jogada dos advogados destes reclusos e até de manobras administrativas dentro do Sistema Penal.
Também afirmam que não existem médicos, medicamentos ou quaisquer tratamentos para os ditos doentes mentais, se fossem mesmo doentes claro que já haveria ali alguém com capacidade para o atendimento clínico.
Na verdade, o famigerado hospital psiquiátrico de Americano não passa de salas de repouso para os apadrinhados, que na maioria são os que possuem posses financeiras, e têm a sua disposição televisores de plasma, frigobar, DVD play, net book e outros benefícios tecnológicos, e isso é visível a qualquer distância da penitenciária, basta olhar a quantidade de antenas erguidas sobre o telhado.
O caso será levado a Promotora de Justiça Maria José Rossy, que deverá fazer inspeções com outros colegas ligados a Vara das Execuções Penais.