CANALHOCRACIA
Muitas
das vezes o ser humano dedicado, honesto e sério nos seus deveres e direito,
leal ao seu trabalho, se envergonha ao ver agigantar-se a desonestidade, a
falta de caráter, a egolatria, o megalomanismo, o despotismo, o desejo mórbido
de plenipotência e acima de tudo, a falta de honra, de caráter, de dignidade
principalmente, quando essa ameaça vem do que lhe circundam com a obrigação de
fazer-se cumprir os ditames das leis.
Com esse
desencorajamento, o serviço público, com ênfase, acaba por mal acreditado e
ridicularizado, esvaindo-se em corrupção, desleixo, falta de honradez,
discriminações e falta de fidelidade funcional. Principalmente de quem deveria
ter no mínimo, dignidade e responsabilidade administrativa.
Rui Barbosa disse em um discurso na defesa de um
servidor público perseguido que:
“De tanto
ver triunfar as nulidades,
De tanto
ver prosperar a desonra,
De tanto
ver crescer a injustiça,
De tanto
ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
O homem
chega a desanimar-se da virtude,
A ter
vergonha de ser honesto”.
Para mim,
plagiando o almirante Beijamim Sodré, a honra é o sentimento mediante o qual
Deus no induz à prática do bem, da justiça e da moral, a troco, embora de
quaisquer sacrifícios pessoais.
É a força
que nos impele a prestigiar nossa própria personalidade. É o sentimento
avançado do nosso patrimônio moral; um misto de brio e valor. Ela exige a posse
do perfeito sentimento de que é justo e respeitável, para a elevação da nossa
dignidade, e bravura para afrontar perigos de toda ordem, na sustentação dos
ditames da verdade e do Direito.
A honra é
uma obrigação viva e presente na consciência, que nos abriga ao cumprimento do
dever. É a virtude por excelência, porque em si contém todas as demais. A honra
está acima da vida e de tudo quanto existe no mundo, por que a vida se acaba na
sepultura; os haveres e as demais coisas que possuímos são bens transitórios,
enquanto que a honra a tudo sobrevive; transmiti-se aos filhos, aos netos, a
casa em que moramos, à terra onde nascemos e a toda humanidade; finalmente,
como um aroma eterno da virtude, a honra é o patrimônio da alma; é o tesouro
sagrado que Deus nos confia ao nascer e que temos de restituir ao morrer; é a
retidão do Juiz, o heroísmo do soldado,
a fidelidade da esposa, os votos do Sacerdote, santidade dos
juramentos, a obediência às Leis, o
respeito à dignidade alheia. É uma coisa tão grande, tão formosa, que por ela
se sacrificam a vida, os haveres e as afeições mais profundas do coração.
Perseguir
alguém, seja qual for a causa, é demonstrar possuir na alma toda a violência da
animalidade.
Em uma de suas músicas o sapiente cantor e compositor Zé
Geraldo diz: "PEGA ESSE IDIOTA E ENTERRA!". E é assim que estamos vivendo
nesses últimos 12 anos. Quem tenta comentar, criticar ou expressar seu caráter
de honestidade e honradez, é considerado ameaça a CANALHOCRACIA reinante neste
País, onde os maiores assaltantes do erário, são considerados santos, por um bando de não menos, sacanas, aviltadores,
marionetes, bandidos e marginais, além de pútridos e serviçais canalhas que se prestam
cinicamente a ataque terrorista e xiita perpetrado contra um dos mais notáveis
cidadão brasileiro na atualidade, o intrépido Ministro Joaquim Barbosa, que de
autoridade com autoridade moral, é alvo até mesmo dos vassalos e subservientes
ministros sem diploma - alguns não são magistrados, que lhe querem levar a vala
comum da corrupção.
“Todo homem tem seu preço, diz a frase. Não é
verdade. Mas para cada homem existe uma isca que ele não consegue deixar de
morder.” Disse Friedrich Nietzsche. Então, vejo que o magnânimo brasileiro sem
coleira Joaquim Barbosa, esteja no seu limite de tentações para lhe transformar
em farrapo humano diante da canalhocracia imposta aos brasileiros convictos de
honestidade e honradez. Daí, sua saída magistral com honradez. Prefere sair do
que conviver na lama da corrupção e desmoralização ao povo brasileiro, e em
especial a seara que tanto cuidou pelo bem maior...JUSTIÇA. Como penso.