APOLOGIA AO CRIME PARA GALGAR ÍNDICE DE AUDIÊNCIA
Em Manaus, o então tenente-coronel da Polícia Militar Felipe Arce Rio Branco foi preso em flagrante, por policiais civis e militares que cumpriam 62 mandados de busca e apreensão naquela capital.
A prisão ocorreu em virtudes das denúncias do ex-policial militar Moacir Jorge da Costa, alcunhado 'Moa', sobre a existência de um grupo de extermínio chefiado pelo deputado Wallace Souza (PP) e o filho dele, Rafael Souza.
O oficial PM foi levado para a sede da Delegacia Geral de Polícia Civil do Amazonas, com outras sete pessoas também presas naquele momento pela operação, intitulada 'Moa'.
O tenente-coronel Felipe Arce já havia sido preso na "Operação Centurião", em novembro de 2005, acusado de comandar um grupo de extermínio, estando também envolvido com o tráfico de drogas e com participação no esquema de fraude ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Na época, Arce era um dos homens fortes da Polícia Militar, e, antes de ser preso, comandava a Divisão de Inteligência da corporação.
Para acobertar as atrocidades do coronel PM, pousava de bom samaritano o criminoso cínico e audacioso deputado estadual no Amazonas, Wallace Souza, do Partido Progressista, o qual, além de comandar o grupo de extermínio em que o coronel era o braço forte, possuía um programa de televisão onde sempre saia na frente com a informação da morte de alguém, ou seja, eles mandavam matar e publicavam até com imagens, assim, ganhavam índice de audiência que era divulgada até nos ônibus amazonenses.
Isso vem acontecendo em Belém, e ninguém toma providências. Equipes de cinegrafistas fazem as imagens e alguém se diz repórter nas incursões criminosas da dupla de seriais killers Eder Mauro e Neiil, um tipo de Felipe Arce.
São os mesmos modus operandi de Manaus, é só o indolente GEPROC entrar em ação que não irá muito longe para desbaratar a ação criminosa desta quadrilha, que certamente, deve ter tal qual no Amazonas, o mentor intelectual arraigado na política paraense, e assim, nada ser feito para acabar com a série de crimes perpetrados por essa quadrilha, que sempre se dizem paladinos da Justiça, num crime continuado institicinalmente, e ainda, em um canal de televisão, um apresentador faz apologia as execuções sumárias.
Será que só quando matarem um parente de senador é que tomarão providências? Foi assim que uma equipe de jornalistas (eram jornalistas mesmo, mas sem escrúpulos) foi demitida de uma grande rede de comunicação em Belém, depois de mascarar uma ação policial de um delegado e seus comandados nas matas do Aurá, e esse delegado foi expulso da Polícia Civil por ter barbarizado um parente de um senador ex- ministro. Esse mesmo delegado vez ou outra faz comentários no programa do costeleiro sobre essa barbárie, havendo ali a continuidade da apologia aos assassinatos.
CONTO POLICIAL
inolvidável ENTREVISTA
Instado no âmbito Forense, por magistrados e membros do Ministério Público, sobre os Contos Policiais postados neste BLOG, respondi que todos são baseados em documentos e fatos reais ocorridos na seara policial. Como Conto, venho a omitir os nomes dos personagens, que, aliás, gostaria muitíssimo de mostrar a cara dos descarados. Porém, se for intimado a nominá-los, não titubearei. Assim, presto-me a postar abaixo mais uma perola da História da Polícia Civil do estado do Pará. E dessa forma, fazer rir e provocar náuseas em antigos policiais na ativa ou no gozo da aposentação, e, por conseguinte, aguçar a curiosidade dos neófitos.
“Por...! Cara...! Fil... da P...! Perdi meu tempo acordando tamanha sete horas da madrugada, para assistir essa merda de entrevista”!
Assim desabafou um delegado de Polícia Civil do estado do Pará, que tem fama de “doido”. Porém, tal qual Maria I, a “Louca”, fora o mais lúcido entre seus pares, refletindo de que com aquela desastrosa entrevista do presidente de sua entidade classista a época, não poderia tomar partido, de forma fanática de nenhum seguimento político de sua instituição.
Com essa lucidez, permitiu-lhe transitar com desenvoltura em todas as correntes partidárias que existem no seio de sua categoria. Além disso, a decepção com seu colega presidente precipitou a sua aposentadoria, haja vista, não estar mais agüentando conviver com tanta mediocridade. Caso contrário, poderia levá-lo a praticar haraquiri.
A entrevista pré falada, ocorrera nos meados dos anos noventa, patrocinada por um dos canais de televisão do estado, que tinha para aquele programa como convidados, o então secretário de segurança pública do estado e o referido presidente classista.
A Polícia Civil naquela domingueira parou. Os delegados e seus comandados, crentes na boa performance do representante de classe, tal qual jogos da seleção brasileira nos jogos em Copa do Mundo, acordaram cedo e postaram-se a frente de suas televisões e até mesmo das delegacias para assistirem o embate, que pela pose do representante classista, venceriam de goleada.
Começado o programa, o secretário convidado, quiçá, temendo ser humilhado publicamente, devido pseudo fama de astuto do delegado, não compareceu, ou seja, naquele momento associação policial vencera por W x O.
Com a ausência do secretário, a apresentadora do programa passou a entrevistar o delegado ali presente. Ao ser dada a palavra, esperava-se que o mesmo expusesse as mazelas centenárias da segurança pública no estado do Pará, que era e é, relegada a quinto plano pelos governantes inquilinos do Palacete “Lauro Sodré” e do hoje “Palácio dos Despachos” .
Ledo engano, o pulha, para perplexidade de seus pares e subordinados se contradisse atrapalhadamente, gaguejando, passou a elogiar a administração de seu então algoz, o faltante secretário, querendo fazer crer aos telespectadores que não faziam parte da Polícia Civil, de que seus colegas e comandados viviam no paraíso, com boas condições de trabalho e com salários compatíveis com a carreira policial, passando naquele momento a preposto do governo do estado, virando o placar inicial... Secretário venceu por W x O.
Novamente, tal qual como fizera quando escrivão da mesma Polícia Civil deixou brotar sua personalidade egoísta e pérfida, ao tentar puxar o saco da administração a época, com intuito de crescer na carreira de forma canalhada. A veracidade desta intenção escabrosa foi ao deixar a presidência de sua associação, achando ter agradado seus superiores e enganado seus pares, requisitado a direção do IESP – Instituto de Ensino Superior de Polícia. Tendo levado um ponta pé no traseiro. Em suma, dentro da instituição policial, fora um alpinista fracassado, nunca tendo passado da base da montanha. Eta tatuzão!
O desfecho daquela malfadada entrevista houvera um racha em na categoria, culminando com a criação do hoje SINDELP-PA, onde, cinicamente, aquele entrevistado delegado, faz parte de sua diretoria.
Por essas e outras, que um delegado atualmente de licença médica, e que já fora Delegado geral, exclama quando ouve o nome da traíra: “Canalha! Canalha! Canalha”!