O RETORNO
Estive ausente das postagens, o que lamento, por necessidade imperiosa de cuidar da saúde. A maioria dos leitores bem sabe das minhas limitações. Assim, agradeço os inúmeros acessos a este BLOG, nesse forçoso interregno, até mesmo os que cobravam postagens, a maioria anônima preocupados... Quem diria. Nesse período, nas idas e vindas a hospitais, encontrei vários conhecidos de outrora, entre eles alguns policiais já aposentados, que na indolência da aposentação, confessaram-me que vez ou outra acessam o BLOG, e ficam aos risos de algumas postagens, em especial as policiais com predominância àquelas que têm como personagem principal o Jaburu Peçonhento, que depois de inúmeros acessos descobriram quem seria referida figura, e parabenizaram-me pelo desnudamento da víbora, dizendo de suas preocupações com os que hoje lhe acompanham, e que mesmo a contra gosto deles, se auto-intitula presidente de uma associação classista. Nesses encontros dentro das ante-salas dos consultórios médicos, ouvi várias histórias policiais ocorridas nos anos 70 até os atuais no âmbito da Polícia Civil e Militar, garantindo-me os confabulantes, que todas são reais. Confidenciaram ainda os civis, que muitas dessas pegadinhas televisivas, era o passa tempo do saudoso amigo Francisco De Paula Souza Vasconcelos, o eterno escrivão SOUZA. Assim, volto com as postagens dos Contos Policiais. Obrigado fiéis leitores.
CUPIUBA LIBERADA Como bem sabem os leitores deste BLOG beija-flor, que não me presto para papagaio, ou seja, matérias batidas não devem se repetir. Assim, mais uma vez digo que não tenho domínio da Ciência Jurídica. Todavia, como cidadão e jornalista, usando do direito constitucional da livre manifestação, ouso a discernir no imbróglio que tem como personagem principal o ex-deputado Luiz Sefer, que mais uma vez fora absolvido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, através da 3ª Câmara Criminal Isolada daquele Poder.
Minha manifestação se dá pelas duvidas que não foram dissipadas em minha verve e por tantos outros que não tem um meio aberto de colocar sua opinião. Assim pergunto: A juíza que prolatou sentença condenatória contra Luiz Sefer é burra? Teria aquela magistrada sido pressionada por forças ocultas para condená-lo? Ou a magistrada que instruiu o processo desde seu gene o condenou de forma contrária às provas arraigadas aos autos? Certamente que não, sua decisão, a olhos claros, fora em consonância com tudo carreado para os autos, haja vista, que a mesma não fora processada por Luiz Sefer, não tem nenhuma representação contra a mesma na Corregedoria do TJE, não houve argüição de suspeição, e nem tão pouco, qualquer manifestação do CNJ sobre a juíza e sua sentença condenatória.
Outra vez fico dúbio, é quanto à manifestação do TJE, tanto no recurso quanto no agravo sobre a condenação de Luiz Sefer, pelo fato do relator de ambos os procedimentos, desembargador João Maroja, este que interrompeu suas férias para julgar a cassação do prefeito Duciomar Costa, só o não fazendo porque argüiu suspeição, uma vez que seu filho é procurador do Município de Belém.
Ora! Se o seu filho é concursado, ou seja, não devendo favor a ninguém, para usufruir do cargo que ocupa, porque a argüição de suspeição? Será que o procurador é filhinho de papai e estaria na sinecura pelo status do mesmo? Digo isso porque o desembargador João Maroja, oriundo da OAB, fora o relator do recurso que absolveu Luiz Sefer, e não se dignou em argüiu de sua suspeição no Agravo do Ministério Público, já que havia se manifestado anteriormente, mesmo que a lei diga que ele poderia e pode mudar o voto.
Muitas coisas legais, a vista do senso comum é imoral.
Já no mérito da absolvição, fiquei outra vez dúbio, tendo em vista a manifestação do desembargador João Maroja, que se baseou no depoimento da irmã da vítima (nos autos) de que a mesma já vinha sendo molestada por seu pai antes mesmo de ir morar com Luiz Sefer, aos nove anos de idade, para ser dama de companhia de sua filhinha de dezessete.
Resta-me concluir, ainda em dúvida quanto a esta decisão, que nova jurisprudência fora criada, para deleite dos pedófilos, estupradores e outras bestas humanas deste estado. Se não vejamos: Se a vítima – independente de idade, não for mais virgem... Desculpe-me! Podem os pedófilos e estupradores, passarem a cupiuba em quem quer seja que suas impunidades estão mantidas pela recente JURISPRUDÊNCIA.
CONTO POLICIAL
O SOLICITO ESCRIVÃO
O saudoso escrivão Souza como era conhecido o intelectual Francisco de Paula Souza Vasconcelos, quando na atividade policial, gostava de fazer umas hoje chamadas “pegadinhas” com os companheiros policiais.
Uma de suas vítimas dessas pegadinhas fora o também escrivão policial conhecido por Salvador. O brincalhão Souza, de plantão na antiga Permanência da Central de Polícia hoje SUSIPE, confabulou com o delegado de plantão e uma investigadora, no sentido de ligarem para a unidade policial da Estrada Nova, hoje extinta, onde estava de plantão o escrivão Salvador.
A cúmplice investigadora prestou-se a ligar para referida unidade, dizendo-se mãe de um rapaz que estava detido na Permanência da Central, e pedia para que o delegado de plantão da Estrada Nova intercedesse em favor do rapaz, haja vista que o advogado procurado pela família havia pedido a quantia atualizada nos dias de hoje em mil reais. Entretanto, a mesma só conseguiu arrecadar junto a amigos e familiares, a quantia de seiscentos reais, e a interferência dava-se em favor da amizade que o delegado tinha com a vó do rapaz preso, a qual por muito tempo fora secretária do lar do referido delegado.
Como o delegado não se encontrava, Salvador passou-se pelo mesmo e pediu que a investigadora desse o nome do rapaz e ligasse após quinze minutos.
Salvador de posse dos dados pessoais do rapaz telefonou para a Permanência da Central, sendo atendido por Souza, e indagou sobre o motivo da prisão do rapaz, tendo Souza respondido como era de praxe nos anos setenta, que o rapaz encontrava-se preso, pelo chamado arrastão, e perguntou a Salvador o porquê do interesse pelo rapaz, tendo Salvador respondido que se tratava do neto da empregada de seu pai, e que sofria de problemas no coração e estava passando mal com aquela prisão, e se havia condição de liberação para o mesmo.
Souza sempre solicito, disse que em nome da amizade profissional que dispensava aos colegas policiais, iria interceder junto ao delegado da Permanência, para liberação imediata do rapaz. Porém, Salvador pediu que só o liberasse com sua presença, pois gostaria de dá um corretivo labial no mesmo.
A investigadora cúmplice, em seguida, ligou para saber o que tinha resolvido o delegado amigo dos familiares do rapaz. Então Salvador respondeu que a bronca era feia e que estava o rapaz preste a ser autuado em flagrante, mas que iria dá um jeito, desde que os familiares levassem os valores arrecadados e o esperasse na Praça Dom Macedo Costa, e não falasse com nenhum policial a não ser com o escrivão Salvador que era de sua confiança, e iria em seu opala para resolver o caso, isso já às 19 hs.
Souza e o delegado, mais a investigadora, ficaram observando a chegada de Salvador, que não demorou a estacionar seu opala e locomover-se de um lado para o outro na expectativa de alguém lhe contactar.
Já lá pelas 23;30 hs, dirigiu-se até a Permanência, tendo cinicamente, Souza exclamado: “Egua Salvador, eu quero ir jantar e tu não aparece... È pra liberar o rapaz ou não?” Pausadamente Salvador disse: “Agüenta até amanhã de manhã! Isso até hoje Salvador espera, sem saber que fora vitima de uma PEGADINHA digna de Sílvio Santos na TV.