
CONCURSO C-47 NUNCA MAIS
No último dia 10 deste mês, durante as comemorações alusivas a criação da Polícia Civil do Estado do Pará, inúmeras autoridades constituídas foram homenageadas com medalhas tituladas “Amigo da Polícia Civil”.
Neste mesmo evento, o delegado geral Nilton Ataíde, anunciou com toda pompa e circunstâncias, de que até final deste mês estará a disposição ao público alvo, o Edital do concurso para ingresso na carreira policial civil especificamente nos cargos de delegados, investigadores e escrivães.
Como cidadão, fico feliz porque vem ao encontro do anseio de toda a sociedade, no preenchimento de uma lacuna antiga na segurança pública, em especial no interior do estado. Ao mesmo tempo, temerário, com mais esse concurso público anunciado, haja vista, que desde o famigerado Concurso C-47, quando houvera uma enxurrada de Mandados de Segurança por candidatos que não cumpriram com as exigências do edital, a maioria, por problemas mentais, e que de maneira obscuras, assumiram os cargos, mesmo tendo o Supremo Tribunal Federal, indeferido suas pretensões e determinado, suas demissões, o que até nos dias atuais não aconteceu, estando à maioria, já aposentados.
O acontecimento C-47, desgastou e desmoralizou os concursos posteriores, pois o condescendente Poder Judiciário paraense, ao não cumprir a determinação do STF, tornou-se refém dos candidatos toupeiras, que lhe batiam a porta exigindo a extensão da imoral e cínica concessão de liminares sem decisão do mérito até hoje, presenteando a sociedade e a Polícia Civil com manadas de asnos.
Esta condescendência criminosa não foi ato isolado do Poder Judiciário paraense, mas, por omissão, contribuíram e contribuem incomensuravelmente, o Ministério Público, a Procuradoria Geral do Estado, a OAB e as pífias e subservientes entidades que congregam os policiais civis, que ficaram e ficam mudas e quedas num comprometimento asqueroso para quem se auto proclamam preocupadíssimos com a moralidade e transparência na administração pública. Fico frustrado, em não poder postar minhas reflexões e indignações, com imagens em movimentos - vídeo, infelizmente, pois, teria o nímio prazer de gesticular tal qual o agora padrinho de uns caricatos “sindicalistas” da seara policial... Deputado Zenaldo Coutinho, que apresentava aos hoje afilhados a mão com os dedos dobrados com o pai de todos ereto.
Além dessas mazelas, existem os conchavos para beneficiar imoralmente os apadrinhados políticos e parentes dos administradores dessa combalida Polícia Civil, onde é rasgado de forma aviltante os ditames legais de moralidade, a exemplo, a Emenda 046/04 da Lei 022/94 - Lei Orgânica da Policia Civil, que preceitua que todos os candidatos aprovados serão lotados inicialmente nas cidades com menos de trinta e cinco mil habitantes, o que não é respeitado, e isso venho mesmo como beija-flor, denunciando, dando nome aos bois e seus currais, e não muito longe, a recente nomeação de um neófito delegado com pedigree forte, aliás, sob o manto de uma liminar, aportou inicialmente em Castanhal, e pasmem-se, já chefiando uma das delegacias daquela superintendência. Então, tenho que parafrasear novamente o intrépido deputado federal Romário: “O cara ainda nem tinha entrado no ônibus, e já tinha a janela assegurada”.
Ora! Num concurso onde, por exemplo, são aprovados 800 candidatos e nomeados 780, somente 80 sofrem os rigores das leis e 700 os favores paternais, maternais e outros de interesses pessoais, é evidente, que sempre haverá uma lacuna sem precedentes na segurança pública, especificamente.
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