quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

DISFARÇÁVEL 
OPERACIONISMO
Em meio a conversas com amigos no dia de ontem no Ver. O. Peso surgiu à ação policial que culminou com a prisão de uma jovem de nome Andreza, que estaria fazendo apologia ao crime previsto nas sanções punitivas da Lei de Entorpecentes via redes sociais.

Para a prisão, os eficientíssimos policiais se ativeram a internet por onde se manifestava a jovem Andreza, a qual, logo ganhou holofotes desta eficacíssima Polícia que de pronto, fez o que é seu mister, acionou as aves de rapinas da imprensa hematófaga para midiatizar o pseudo triunfamento.

Com esta ação policial, logo tudo gira em torno das drogas levadas ao ápice, por babadores de microfones e relapsos rabiscadores, capachos de policiais de quem recebem – em inúmeros casos, parte do butim para divulgarem com Animus falsandi.

Se a jovem Andreza fazia apologia ao uso de drogas, onde estava esta mesma eficientíssima Polícia que não prendeu os responsáveis pela marcha da maconha e seus divulgadores? Pois, só assim, os Tonys da vida, não seriam useiro e vezeiro em atos criminosos, mesmo sendo apadrinhado dos que se dizem combatentes do tráfico de drogas para galgarem fama.

Outros casos similares são perfeitamente assimilados, sem discurso enaltecedor ao banditismo nos moldes entorpecentes, caindo inclusive, no esquecimento automático, principalmente, se a vítima não pertencer ao patriciado.

Onde estar esta “aplaudidíssima” Polícia, que ainda não criticou midiaticamente, os votos dados pelos eminentes Ministros do Supremo Tribunal Federal, tais como: Gilmar Mendes, Barroso a Edson Fachin  os quais, já votaram pela liberação da maconha.

Tem que prender a negada que vende a droga dentro dos complexos públicos, boates de luxo no centro da cidade, nos hotéis, esses sim, a serviço de traficantes de paletó e seus acobertadores apelidados de agentes público.

Transformar uma cidadã – todos são iguais perante a lei - em marginal, quando faz uso do direito de manifestação num estado democrático de direitos, onde a liberdade democrática se celebra, é cortinar a “parada” maior.

O que se pode sentir é o jogo de toma lá dá cá... Vemos filhos de magistrados, políticos, policiais civis e militares, radialistas, apresentadores, jornalistas e outra gama de apadrinhados, sendo flagrados na venda e uso de entorpecentes, estando estes, liberados sem as devidas providências jurídicas e sem o alarde midiático como é feito quando alguém da plebe ignara como Andreza, é conduzido a uma delegacia, onde, as aves de rapina, já os esperam por acionamento dos policiais que não pegaram o acerto ad valorem.

Nos Países não amônicos¹, os apadrinhados seriam submetidos sem titubear, à pena esculpida na Lex Taliones ou ao Código de Hamurabi.

Por outro lado, onde estaria o exercício ilegal da odontologia que Andreza praticara sem presença de vítima ou vitimas? A simples apreensão de peças para serviço de odontologia, não seria suficiente para enquadrá-la nos moldes referido na peça preambular/acusatória elaborada pelo aplicadíssimo operador do direito arraigado na referida Polícia... Não seria melhor dizer: operário!

Em suma, a jovem Andreza foi sim, mais uma das centenas de vítimas de uma covardia incomensurável feito, quiçá, por filhinho de papai que, aliás, salve engano, adentrou recentemente na Polícia Civil, e em tempo recorde, já está na capital, arraigado em cargo de relevância, para ainda mais, jogar em uma cova rasa a já combalida Polícia Civil paraense, que por estas figurinhas marcadas, empaca.


Infelizmente esta incomensurável covardia teve e tem o agasalho do Poder Judiciário e Ministério Público, Instituição que deve defender o interesse público e tem como missão constitucional a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Porém, o que se denota é que, os desiguais sempre serão desiguais mesmo, indo às favas o art. 5º da desrespeitada Constituição cidadã, rasgada que é rotineiramente pelos operadores do Direito junto às carreiras jurídicas. 

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