
DISFARÇÁVEL
OPERACIONISMO
OPERACIONISMO
Em meio a conversas com amigos no dia de ontem no Ver. O. Peso
surgiu à ação policial que culminou com a prisão de uma jovem de nome Andreza,
que estaria fazendo apologia ao crime previsto nas sanções punitivas da Lei de Entorpecentes
via redes sociais.
Para a prisão, os eficientíssimos policiais se ativeram a internet por onde se manifestava a jovem
Andreza, a qual, logo ganhou holofotes desta eficacíssima Polícia que de pronto,
fez o que é seu mister, acionou as aves de rapinas da imprensa hematófaga para
midiatizar o pseudo triunfamento.
Com esta ação policial, logo tudo gira em torno das drogas
levadas ao ápice, por babadores de microfones e relapsos rabiscadores, capachos
de policiais de quem recebem – em inúmeros casos, parte do butim para
divulgarem com Animus
falsandi.
Se a jovem Andreza fazia apologia ao uso de drogas, onde estava esta mesma eficientíssima Polícia
que não prendeu os responsáveis pela marcha da maconha e seus divulgadores? Pois, só assim, os Tonys da vida, não seriam useiro e vezeiro
em atos criminosos, mesmo sendo apadrinhado dos que se dizem combatentes do
tráfico de drogas para galgarem fama.
Outros casos similares são perfeitamente assimilados, sem
discurso enaltecedor ao banditismo nos moldes entorpecentes, caindo inclusive,
no esquecimento automático, principalmente, se a vítima não pertencer ao
patriciado.
Onde estar esta “aplaudidíssima”
Polícia, que ainda não criticou midiaticamente, os votos dados pelos eminentes Ministros
do Supremo Tribunal Federal, tais como: Gilmar Mendes, Barroso a Edson Fachin os
quais, já votaram pela liberação da maconha.
Tem que prender a negada que vende a droga dentro dos
complexos públicos, boates de luxo no centro da cidade, nos hotéis, esses sim,
a serviço de traficantes de paletó e seus acobertadores apelidados de agentes
público.
Transformar uma cidadã – todos são iguais perante a lei - em
marginal, quando faz uso do direito de manifestação num estado democrático de
direitos, onde a liberdade democrática se celebra, é cortinar a “parada” maior.
O que se pode sentir é o jogo de toma lá dá cá... Vemos
filhos de magistrados, políticos, policiais civis e militares, radialistas,
apresentadores, jornalistas e outra gama de apadrinhados, sendo flagrados na
venda e uso de entorpecentes, estando estes, liberados sem as devidas
providências jurídicas e sem o alarde midiático como é feito quando alguém da
plebe ignara como Andreza, é conduzido a uma delegacia, onde, as aves de rapina,
já os esperam por acionamento dos policiais que não pegaram o acerto ad valorem.
Nos Países não amônicos¹, os apadrinhados seriam submetidos
sem titubear, à pena esculpida na Lex
Taliones ou ao Código de Hamurabi.
Por outro lado, onde estaria o exercício
ilegal da odontologia que Andreza praticara sem presença de vítima ou vitimas? A simples apreensão de peças para
serviço de odontologia, não seria suficiente para enquadrá-la nos moldes
referido na peça preambular/acusatória elaborada pelo aplicadíssimo operador do
direito arraigado na referida Polícia... Não seria melhor dizer: operário!
Em suma, a jovem Andreza foi sim, mais uma das centenas de vítimas de uma covardia incomensurável feito,
quiçá, por filhinho de papai que, aliás, salve engano, adentrou recentemente na Polícia
Civil, e em tempo recorde, já está na capital, arraigado em cargo de relevância,
para ainda mais, jogar em uma cova rasa
a já combalida Polícia Civil paraense, que por estas figurinhas marcadas,
empaca.
Infelizmente esta incomensurável
covardia teve e tem o agasalho do Poder Judiciário e Ministério Público, Instituição que deve defender o interesse
público e tem como missão constitucional a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Porém, o
que se denota é que, os desiguais sempre serão desiguais mesmo, indo às favas o
art. 5º da desrespeitada Constituição cidadã, rasgada que é rotineiramente
pelos operadores do Direito junto às carreiras jurídicas.
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