quarta-feira, 1 de junho de 2016

CRIMES CONTINUADOS
EM DOM ELISEU

Considerando que a credibilidade é fundamental para qualquer convívio ou sociedade, a informação transparente e fiel, inspira a busca da credibilidade, e permite o alcance da mesma para a eficácia dos nossos esforços e das nossas instituições.

Por dever profissional, torno público, os seguintes fatos altamente pertinentes e ameaçadores do  bem do povo e do meio ambiente aqui na Amazônia, mais especificamente no município de Dom Eliseu neste estado do Pará, onde possuo propriedade.

Após várias tentativas contra a vida de diversos proprietários da Fazenda CAPAZ e poucos dias antes da emboscada em 3 de julho de 1976, que ceifou as vidas de três destes proprietários, John Davis o patriarca, e seus dois filhos, Mallory e Bruce Davis, o então comandante da  8ª Região Militar, General Euclides Figueiredo, convenceu John Davis a continuar seu trabalho na sua propriedade porque “no Brasil tem lei e o malfeitor não é premiado.” Ledo engano do general!

Apesar dos corpos destes três proprietários terem sidos enterrados dentro da propriedade, Fazenda Campos de Paz – Bananal, apesar desta propriedade ser vítima duma nova e violenta invasão que perdura há mais de 9 anos, mesmo com o alastramento do desrespeito da coisa alheia, e participação direta da Prefeitura Municipal e Câmara de vereadores de Dom Eliseu, sem que nestes 9 anos de ineficácia da tutela jurídica em assegurar o tão fundamental respeito da coisa particular alheia, nem da coisa pública o meio-ambiente,  os sobreviventes, daquela chacina hoje proprietários legítimos e legais, continuam firmes no trabalho do bom trato para serem bem tratados, mas, a isto o Judiciário por sua Vara Agrária está quedo e mudo contribuindo para o crime ser continuado.

As adversidades apontadas contra o princípio do respeito mútuo pedem recursos maiores dos nossos isolados, que se esgotam com cada dia que passa sem a devida resposta coletiva e institucional daqueles Poderes erigidos para tal garantia de direito e de justiça, estes olvidados pelos servidores das Carreras jurídicas junto a Vara Agrária responsável pelo feito que vem perscrutando.

Há limite para as vidas que ainda têm àqueles sobreviventes, ameaçados que são pelos invasores manipulados por políticos, delegados de Polícia, empresários e membros dos Poderes naquele município. Também, diante do desrespeito total dos invasores e seus cúmplices para nossa reserva legal e as áreas de preservação permanente, estes bens, são dizimados e, praticamente, destruídos na Fazenda Campos de Paz – Bananal. Enquanto isso, a Justiça dorme ameaçadoramente.

Há meses que estes crimes ambientais foram apurados pela DECA-Marabá e comunicados para o IBAMA, a Vara Agrária de Marabá e o Ministério Público da Comarca de Dom Eliseu, mas, covardemente, omissamente e desmoralizantemente, não tomaram as devidas providencias assegurando este valioso e perecível bem comum, o meio-ambiente.

Os treze herdeiros da Fazenda Campos de Paz – Bananal tem aquela propriedade para levar avante o compromisso com a reconciliação que já custou tão caro ao bem maior, a vida, e imploram com tanta insistência, pela volta ao respeito às pessoas e propriedades. Para esta reconciliação, os herdeiros proprietários daquela e de outras três propriedades no município de Dom Eliseu, são compromissados em desenvolver o PROJETO VISTA VERDE, para introduzir, uma alternativa sustentável, de culturas consorciadas com reflorestamento heterogêneo de espécies nativas, que fornecerão uma proteção adequada e permanente para a biodiversidade e fertilidade no solo, mesmo assim, lhes é tirado esse direito com invasão de bandoleiro que a tudo destroem sem que haja um basta por parte dos operadores do Direito que premiam o malfeitor.

O ostracismo em que se encontra o processo ajuizado pelos proprietários das terras invadidas, vem causando a degradação dos solos da área invadida criminosamente, onde está sendo usada a mecanização fornecida pela prefeitura de Dom Eliseu, onde a frase do intrépido General Euclides Figueiredo, se degenerou, sendo lida hoje assim: “no Brasil tinha lei e o malfeitor não era premiado”. Tudo isso, por ali estarem “representando” os interesses coletivos, pessoas de má índole, omissos, capachos, que fazem do Poder um trampolim para a bandidagem e vivem numa sinecura, sem que ninguém, detentor máximo dos três Poderes, se preste, para ao menos, realizar uma Correição, sendo coniventes com esse descalabro, ou seja: Condescendentes Criminosos. Depois querem descompor as ações da Corregedora do CNJ.

Por outro lado, a imprensa hematófaga e da desgraça alheia, vive a estampar manchetes ensangüentadas em todos os seus níveis editoriais, com textos horripilantes e desconexos com a realidade, essa, distante de quem compra jornal, ou assiste os famigerados e malfadados “programas” policiais... Uma M.E.R.D.A. Mercadoria Exposta Ridiculamente e Diariamente aos Analfabetos. Agora, se houver mortes naquela área invadida, logo as aves de rapina dessa degradada imprensa hematófaga e da desgraça alheia, montarão acampamento ali e farão, cobertura diuturna mostrando o sangue humano como troféu em suas manchetes nojentas, numa busca sôfrega de audiência com a asquerosa frase... Exclusivo.

Por suas vezes, as rotuladas autoridades, darão entrevistas coletivas dizendo que não sabíamos dessa invasão, de alguma ameaça, nunca foram provocados para agirem e por irão as deslambidas desculpas dos cínicos inquilinos dos Poderes. 

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