sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Na foto arquivo de O Globo o serial killer Mariel Mariscot
OS seriais killers DE OURO
Quando me refiro de modo austero e sem leviandade que certos policiais são simples pega ladrão, raríssimos picados por mexeiriqueiros portadores de espírito zombeteiro, se inflamam dado a eloqüência deste jornalista, que se baseia tão somente, em fatos reais e os publicados na grande imprensa sobre policiais que gostam de parecerem atores globais, ou seja, só vivem na mídia mascarando seus atos espúrios.
Na década de setenta, havia um investigador Francisco das Chagas,  vulgo “Chico Preto”, que na época era considerado o menino de ouro da Policia Civil do estado do Pará, combatia – supostamente, de forma implacável e arrebentava os infratores e outros. Muitas das vezes, mandando-os para cadeia ou para o cemitério, o que mais lhe satisfazia... Era um sádico!
As “façanhas” de Chico Preto, sempre estiveram nas manchetes de primeira página dos periódicos quando no combate ao crime, por ser garoto propaganda dos meios de comunicação e grande fonte de informações dos repórteres setorizados na Polícia. Dado essa perspicácia imoral, ostentava um patrimônio incompatível com seu salário, que naqueles tempos era abaixo do mínimo.
Chico Preto era useiro e veseiro em humilhar seus colegas policiais, fazendo do dinheiro ilegalmente ganho, leque para se abanar, dizendo que os mesmos eram um bando de abestados. Como sempre acontece, amealhou uma gama de inimigos que não titubearam em investigar aquele enriquecimento, descobrindo que o mesmo era oriundo de uma quadrilha especializada em roubos de carretas, o que foi determinante para sua prisão e demissão da Policia Civil, mesmo esbravejando que a cúpula da Policia se beneficiava dos lucros da quadrilha através dele. È de se reconhecer tal colocação, tendo em vista que ninguém pula tão alto que não haja quem lhe auxilie.
Passado os anos, fora da Polícia e da cadeia, Chico Preto fora assassinado por um motorista policial, e assim encerrava-se a melancólica saga do então “menino de ouro” da Policia Civil paraense.
Outro “policial de ouro” com os mesmos atributos de Chico Preto, mas, de reconhecimento nacional, fora Mariel Mariscot, tido como implacável com a bandidagem carioca, tanto é, que foi determinante com a prisão do mega assaltante de bancos, Lucio Flávio e sua quadrilha, acontecimento esse, que deu inicio a sua derrocada, pois, o assaltante Lucio Flávio, indignado com a trairagem de Mariel Mariscot, eternizou uma frase que alguns policiais imbecis contemporâneos a usam como se fosse dita por um grande homem; “Bandido é bandido e policia é policia”. Mariel Mariscot foi condenado e expulso da Polícia por fazer parte do esquadrão da morte, ou seja, era um serial killer. Sem o manto da impunidade policial, tal qual Chico Preto, foi assassinado, salvo engano, a mando dos bicheiros cariocas.
Recentemente, foi notícia em cadeia nacional, o assassinato de Florisvaldo de Oliveira, o famoso “Cabo Bruno” com evidente requinte de execução, e os projeteis que lhe ceifaram a vida, curiosamente, partiram de pistolas .40 (ponto Quarenta).
Quem fora Cabo Bruno? Foi tal qual os dois policiais acima referidos, sendo da Policia militar nos anos oitenta, e rotulado linha de frente contra o crime, e que não gostava de perder tempo mandando os facínoras para cadeia, até porque, como consta nos processos que fora réu, o mesmo era bem remunerado para dá cabo aos meliantes que incomodavam os seus patrões.
Esse trio de ouro que coloco como exemplo para outros policiais, tinha em comum apenas os mesmos modos de agirem, prendiam e arrebentavam com os ladrões de galinhas que ousassem fazer estripulias fora do galinheiro, os mesmos nunca foram de prender megas bandidos mesmo, a não ser criando-os, para enganar a população, e assim alardear que defendiam ardorosamente e com grande denodo a sociedade, até porque, não poderiam prender os seus patrões, que lhe davam certa ostentação, contrapondo-se ao que recebiam.
Ainda sobre o Cabo Bruno, como jornalista que militou anos e anos no setor policial e Forense, tenho a convicção de que se fizerem uma investigação acurada, provará o que afirmo neste momento: A sua morte não foi perpetrada por nenhum parente ou amigo de suas vítimas do passado, que eram como já citados, meros ladrõezinhos de botequins e espeluncas da periferia, e sim, por ter ousado em cobrar dívida daquele ou daqueles que lhe incentivavam para praticar os crimes que lhe levou a cadeia. Em suma, os três famigerados policiais não passavam de uns simples pega ladrão. Não é mesmo leitores? Só não admite quem não quer. E como bem asseverou Cazuza em uma de suas epopéias: “Eu vejo o futuro repetir o passado”.


                                                                                                        

Nenhum comentário:

Postar um comentário