quarta-feira, 12 de outubro de 2016

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O ENXOFRENTO DA MARAMBAIA

Dentre as muitas visitas que fiz a amigos neste período nazareno que vivemos e respiramos em Belém, fui levado até a casa de um conhecidíssimo policial no bairro da Marambaia, e ao chegar, nas apresentações, me surge à figura impoluta daquele investigador do ócio dos plantões da Cabanagem, o qual, de bate pronto lascou: Égua! Não vou demorar, estou sentindo um odor de enxofre danado! O que fora confirmado por mim e pelos demais presentes. Havendo uma temperança por parte do anfitrião, de que seria tão somente algum vento efêmero, até porque, nos encontrávamos próximo a um poste de iluminação onde instalada estava uma caixa de som de uma rádio comunitária, que tem em sua programação geral, palavras bíblicas.

Mas para surpresa, gelidez e arrepio corporal do serelepe investigador, eis que surge daquela caixa, a voz fantasmagórica e de um espírito luciferino, travestido de ordeiro, recitando trechos da Bíblia Sagrada, como se bom samaritano fosse.

Aturdido e gélido, o investigador perguntou ao anfitrião se ele conhecia aquela voz, tendo o mesmo respondido que sim, e que se tratava do famigerado Jaburu Peçonhento, e de que o mesmo se apresentava por aquele meio de comunicação como irmão de uma comunidade cristã evangélica da qual se diz membro. Não titubeou o investigador em arrematar: “Égua! Meu faro não me engana quando se trata do Diabo!”.

Foi a gota d’água para os comentários de quanto é canalha tal figura, visto sua malfadada passagem pela Polícia Civil em duas fases, ambas, de verdadeiros descalabros, com trairagem diversas contra seus pares, assim como ações desidiosas, como a que lhe levou a receber chineladas de uma delegada corregedora; a intriga entre um delegado seu ídolo hoje falecido e o então delegado geral; o sumiço do muiraquitã; a morte de dois papagaios (aves); o afundamento de uma entidade classista e agora, transformado um galo cego em morcego.

Como bem é sabido nas hostes policial, o apelido de Jaburu Peçonhento fora dado por um delegado geral, e o de Canalha, também por outro delegado Geral, ambos hoje aposentados.

No auge dos comentários fica mais forte a fetidez de enxofre, quando o amigo anfitrião nos diz que aquela figura mefistofélica morava a poucos metros de onde estávamos daí, a certeza maior do investigador e minha, que corríamos risco mais uma vez de sermos sufocados pela proximidade àquele enxofrento, fotografia em 3D de Lúcifer.


Naquele momento, todos assustados com o mau agouro, nada mais justo do que darmos as mãos e rezarmos o Pai Nosso e Ave Maria, e assim com o crucifixo nas mãos nos livrarmos daquele... Canalha! Canalha! Canalha!

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