MORTES DISSIMULADAS
A morte de três
policiais militares do estado do Pará, acontecidas no ano passado e este ano,
tiveram versões diversas em especial a apresentada pelas Polícias, Civil e
Militar e especialmente, pela imprensa hematófaga que fez pirotecnia quanto às
mortes.
O primeiro caso
ocorrera na cidade de Dom Eliseu, onde dois cabos foram mortos e um ficara
aleijado, sendo narrado e apresentado à população de que foram atacados por
bandidos que queriam roubar as armas dos policiais, os quais não tiveram chance
de defesa e foram alvejados. Porém, a verdadeira versão é de que os policiais
estavam a serviços escusos do prefeito de Dom Eliseu Joaquim Nogueira Neto, o
qual contraíra uma divida de mais de duzentos mil reais com um agiota conhecido
como Carlos Cigano residente naquele município, dinheiro pedido para sua
campanha a prefeito, e que não a teria pagado, com o agiota o cobrando
insistentemente, e a se ver pressionado e tendo como segurança pessoal o Cabo
PM Duarte, planejou a morte do agiota, tendo Duarte contratado outros dois
policiais para a empreitada que seria de sessenta mil reais.
Acertos feitos,
Duarte com os dois comparsas fizeram campana na frente da casa do agiota, e
quando este chegava à residência, sua filha percebeu a movimentação do trio e
quando ia para atacar o agiota que ainda estava em seu automóvel, eis que a
filha disparou contra o trio, matando Duarte e outro comparsa assim como
aleijou o terceiro. Ao sessar o tiroteio e corpos no chão, tiraram os capuzes
dos mortos e feridos, ali estava o Cabo Duarte e seus dois comparsas.
O caso foi
abafado e os policiais enterrados com honras, inclusive no Maranhão de onde era
oriundo Duarte, estando o alvejado em cadeira de rodas vivendo em Ulianópolis
no Pará, e o agiota e sua filha fugiram de Dom Eliseu. Porém, em vindita,
policiais civis e militares certamente ao mando do prefeito, armaram uma
casinha para Carlos Cigano, e o conseguiram prender com outra acusação, estando
hoje recluso ao sistema penal, e será ouvido quanto ao assassinato dos
policiais.
O outro caso
acontecera recentemente em Benevides, onde o Cabo Márcio fora assassinado, e
amplamente divulgado de que fora fazer uma abordagem a um elemento que não lhe
deu chance de defesa o executando.
Nas investigações
atuais, Cabo Márcio morava em Marituba, e fazia segurança para um empresário de
Benevides, assim como para o traficante Pio, a quem fazia cobertura para a
obtenção de drogas vindo da Colônia do Prata.
Márcio seria
integrante de um grupo de extermínio que atua em Benevides, e no começo do ano
teria participado da morte de duas pessoas em Barcarena, estando um processo em
andamento, no qual Márcio fora indicado como testemunha, faltando à audiência
marcada naquela comarca, de onde fora expedida Carta Precatória para oitiva de
testemunha em Benevides, onde Marcio efetuou com seu patrão a prisão de duas
pessoas arroladas no processo, e Marcio sabendo que a mascara cairia, fez
pressão ao seu patrão de bico e por isso fora silenciado, antes de acontecer a
audiência em Benevides.
Dado seu
assassinato, Policiais Militares em vingança, executaram o traficante Pio e sua
mulher, alegando que foram os mandantes da execução de Márcio, que tinha fortes
laços de amizade com Pio, inclusive frequentando sua residência.
Esta reviravolta
chega às mãos do intrépido promotor de Justiça junto a Auditoria Militar,
Armando Brasil, que poderá fazer a reabertura dos dois dissimulados procedimentos
policiais para a elucidação dos fatos na sua verdade.
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