FICHA LIMPA DENUNCIADO
NA JUSTIÇA MILITAR
Encaminhado
pelo secretário da Auditoria Militar - JME - ao juiz Lucas de Jesus, a denúncia
formalizada pelo Promotor de Justiça Armando Brasil contra Marcio Miranda,
capitão da Polícia Militar, por ter o mesmo se locupletado em mais de um milhão
e quatrocentos mil reais do erário, por receber verbas indevidas como oficial
da PM sem poder o ser.
Marcio Miranda que é deputado estadual e estando candidato
ao governo do estado do Pará, deverá responder ao processo, caso seja recebida à
denúncia pelo referido juiz, que, em não recebendo, abrirá um precedente para
outros casos similares em que o policial
militar fora demitido da Polícia Militar, como o soldado Tércio hoje deputado e
buscando reeleição.
Extrai-se da exordial acusatória que o denunciado
Marcio Miranda ingressara nas fileiras da Polícia Militar do Estado do Pará no
quadro de médico em 16 de abril de 1992 e após pouco mais de seis meses na
corporação, já capitão no quadro de Saúde, pediu afastamento para concorrer nas
eleições de 1998, situação obrigatória para todo policial militar, mas, apesar
de não ter sido eleito, Marcio Miranda foi diplomado em 1998 pelo TER/PA como
suplente de deputado e em 01 de fevereiro de 2002 com a renúncia da deputada
eleita Maria de Lourdes Lima Oliveira, que fora guindada, Conselheira do TCE,
Márcio Miranda assumiu o mandato de deputado estadual e foi transferido para a
reserva remunerada “ex-Officio” na PMPA.
Aqui ressaltamos que essa mixórdia toda fora arquitetada
por um médico arraigado em Castanhal em conluio com o governador à época como
se extrai do dossiê elaborado pelo saudoso pecuarista e empresário Mario
Chaves, que teria sido assassinado dentro de seu sítio por dois PMS, ficando o
caso abafado dado a influência dos mandantes, que logo se prestaram a passar
para a imprensa papagaio de pirata, que houvera um suicídio. O dossiê de Mário
Chaves sobre Marcio Miranda está sendo entregue ao Promotor Armando Brasil por
via de um advogado e de familiares de um delegado falecido que também advogara
para Mário Chaves.
Na peça acusatória, com perspicácia o intrépido
promotor Armando Brasil, diz que em análise das peças anexadas ao procedimento
apuratório chama atenção que embora o denunciado Marcio Miranda tenha
ingressado na PMPA pela via estreita de concurso público, o mesmo pediu
afastamento da carreira para concorrer a cargo eletivo, ou seja, como menos de
dez anos de serviço público, contrariando a Carta Magna que faz de forma
explicita uma separação entre militares elegíveis e alistáveis, e, em via de
regra, os militares são alistáveis, ou seja; podem se inscrever como eleitores,
com exceção dos conscritos, mas nem todos são elegíveis uma vez que a condição
de elegibilidade é justamente o alistamento. Por conseguinte, os militares como
menos de dez anos de serviço devem requerer desligamento do serviço militar e
aqueles como mais de dez anos serão agregados e caso não sejam eleitos
retornarão ao serviço militar, mas se eleitos serão passados para a inatividade
em que pese a Lei Estadual/PA nº 5251/1985 em seu Art. 54 e 58.
Consta ainda na denúncia que em outros casos similares
ao de Márcio Miranda a Polícia Militar tem aplicado o dispositivo
Constitucional, ou seja; o afastamento sem qualquer direito a recebimento de
soldo mesmo que proporcional que solicitar afastamento para candidatar-se a cargo
eletivo e ainda não tiver completado o tempo mínimo de dez anos na instituição
militar... É de se perguntar: Quem mais
se beneficiou desse rombo nos cofres público?
De se estranhar que Márcio Miranda ficou agregado para
se candidatar, lá em 1998 como se comprova no Art. 39 e publicado no Decreto nº
2866 de 10 de junho de 1998 a contar de 01 de abril de 1998.
Também como ilegalidade Márcio Miranda recebe salário normal
pela PM todos esses anos, e em 01 de fevereiro de 2002 fora transferido para a
reserva, o que também é uma ilegalidade, e assim continua a receber proventos
do estado via Polícia Militar.
Agravante ainda o fato de que mesmo não tendo
completado 30 anos de serviço, com pouco menos de vinte, já ilegal, fora para a
reserva, ganhando salário integral, beneficiando-se ilegalmente em detrimento
de todos os demais militares do Estado que recebem seus salários conforme
aplicação da normativa Legal.
Márcio Miranda desde agosto de 1998 já deveria estar
sem receber um centavo do estado via Polícia Militar, visto seu afastamento
para concorrer ao Mandato de Deputado, fato ilegalmente que permanece até os
dias presentes como se pode comprovar no Portal da Transparência... Ora! Será que Márcio Miranda agiu sozinho? E os comandantes gerais da PM? Opa!
Acho que foram indicados por Márcio Miranda! Até porque, nenhum teve ou tem
capacidade para comandar a tropa de Fontoura, haja vista que todos, sempre
estiveram fora da tropa servindo de oficiais
maçanetas em gabinetes dos inquilinos dos Poderes.
Em suma, além de Márcio Miranda ter praticado a
ilegalidade o fez na condição de militar da reserva contra o patrimônio sob a
administração militar e ao mesmo tempo contra a ordem administrativa militar, o
que caracteriza o crime militar de peculato em sua mais alta plenitude quanto à
autoria e materialidade delitiva, que se amoldam na redação do tipo penal
previsto no Art. 303§ 1º do Código Penal Militar.
Depois da apresentação da denúncia criminal junto a
Justiça Militar do Estado do Pará, o sapiente Promotor Armando Brasil
encaminhou ao Procurador Geral de Justiça Gilberto Valente, cópia do de seu
arrazoado para propositura de Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa
e ressarcimento de danos ao erário público em desfavor do denunciado Márcio
Miranda que chegou
ao Pará a tiracolo de um renomado médico ingressou na PM por uma porta estreita
e fez carreira política com apoio da família Chaves que teve um de seus membros
assassinado por ter disponibilizado um dossiê dando conta da vida pregressa do
agora candidato do PSDB ao governo do estado do Pará.
Este jornalista, opinião própria, prever
um silêncio total quanto a esse pedido, por saber da ligação direta do
Procurador Geral com o governo atual do estado, tanto é que já se alinhava uma
violação da Lei para que o mesmo continue Procurador Geral por mais dois anos
tudo por trás de uma cortina de reeleição.
Parte da história de Marcio Miranda fora relatada em uma série de reportagens e artigos em jornais nanicos deste estado, haja vista sua influência nos rotulados grandes – Liberal/Diário, tendo inclusive, o falastrão ingressado com ação contra o jornalista possuidor do dossiê que fora absolvido no juízo da então 16ª Vara Penal da comarca de Belém onde era titular a pulcra juíza hoje desembargadora Maria Edwiges, tendo atuado na defesa o saudoso advogado Odalim Santos.
Parte da história de Marcio Miranda fora relatada em uma série de reportagens e artigos em jornais nanicos deste estado, haja vista sua influência nos rotulados grandes – Liberal/Diário, tendo inclusive, o falastrão ingressado com ação contra o jornalista possuidor do dossiê que fora absolvido no juízo da então 16ª Vara Penal da comarca de Belém onde era titular a pulcra juíza hoje desembargadora Maria Edwiges, tendo atuado na defesa o saudoso advogado Odalim Santos.
Essas matérias publicadas fazem parte do
acervo deste jornalista e na biblioteca do saudoso delegado de Polícia Civil
Raimundo Everaldo Paes, o qual, também fora advogado juntamente com Antônio
Eustáquio do Nascimento, contra Márcio Miranda, defendendo os interesses do
empresário Mário Chaves, como dito nesta postagem, teria sido assassinado, mas,
a Polícia destacou como suicídio.
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