
A DERROCADA SEGURANÇA PÚBLICA NO TAPANÃ
Ontem estive
conversando com um grupo de policiais civil, no âmbito da chamada Delegacia
Geral, onde estive, à cata dos inquéritos policiais instaurados contra uma “religiosa”, e nesta busca, entrou a discussão
quanto os desmando e omissões da Polícia Civil.
O grupo que conta nos
dedos o dia e a hora para sair triunfantemente por suas aposentações da Policia
Civil, onde permanece e tem apreço pela Instituição, mas, lamenta que a mesma
tenha se tornado em um pardieiro de oportunistas desidiosos e desvairados
psicopatas, os quais levaram a PC apenas a legalizadora
das mazelas oriundas das ruas, jogada por outras instituições, que se
apoderaram das atribuições dos policiais civis ao se tornarem “investigadores” e operadores do
Direito sem delegação constitucional.
Esse fenômeno
acontece devido à covardia e o mau entendimento dos noviços que estão na
instituição, mas, aonde chegaram por influência de seus pais ou padrinhos
atrelados à politicagem partidária, e demonstram nenhum comprometimento com a
mesma, e nem querem vestir a camisa como pediu um então delegado geral hoje
aposentado.
Como minha busca
pela verdade se tratava de crimes de tentativas de homicídios e homicídios
perpetrados pela “religiosa”, estava
em baila o desinteresse policial, e surge o exemplo de delegacias inoperantes,
por inércia de seus integrantes, que transformaram em verdadeira loja, que
abrem as 08:00 fecham para o almoço e voltam a fechar às 18:00hs, isso de
segunda a sexta, nos finais de semana e feriado não abrem, ficando tão somente
um vigia de prédio enclausurado em uma das diversas salas, especificamente, a Unidade do Tapanã, onde são lotados três delegados que se dão ao luxo de
revezarem-se em horários quando vão! Um das 09hs às 12hs, das 12hs às 15hs e de
15hs às 18hs quando fecha-se a loja e apaga-se as luzes.
Por esse
fenomenal funcionamento, a Delegacia do Tapanã é a Recordista De
Não Desvendamento De
Crimes, em especial de
homicídios, sendo o Tapanã uma das áreas de maior incidência criminal de
Belém... Meu Deus!!!
O efetivo da
delegacia do Tapanã é de 03 delegados, 03 escrivães, 04 investigadores e 02
motoristas policiais todos, empenhados tão somente, no expediente diurno, com
folga nos finais de semana.
No mesmo mecanismo
funcional, estão outras unidades que se estivessem em funcionamento como
esculpido constitucionalmente, certamente haveria um freio na criminalidade,
visto haver a presença constante de policiais à intervirem rapidamente, e não
terem que se deslocarem para as sobcarregadas Seccionais, como Exemplo: o fatop
ocorre no Tapanã e a ocorrência é na Marambaia; o fato ocorre no Ariri e a ocorrência
é na cidade Nova; o fato ocorre na Estrada Nova e tem como registrar na
Cremação.
Atualmente a
autoridade policial do Tapanã é apenas um assinante de papéis sem valor lógico;
o escrivão um confeccionador; e já o relegado investigador um mero estafeta
ou na linguagem popular um Office Boy, gastando combustível na entrega de recadinhos como os famigerados
TCO. Daí o desencanto de vários antigos policiais, que vêm a Polícia Civil, ser
desmantelada por um bando de subservientes e vassalos, ali arraigados tão
somente como meros servidores público sem nenhuma vocação para o sagrado mister
policial, dando margem para que outras instituições, venham a usurpar de suas
atribuições constitucional e consagrada como necessária para o bom andamento da
Justiça em todos os seus níveis.
O desencanto desse
grupo policial, também é do próprio povo; inclua-se este jornalista, que nos
seus 34 anos de jornalismo Forense, confirma a derrocada da nossa querida
Polícia Civil.
E não me venham
com o mântrico; sem armamento e
tecnologia não se pode trabalhar, pois, investigação se faz com pé na “lama”
e não com WhatsApp na mão dentro de gabinetes, que é só o que se constata.
Além desse
descalabro constatado na delegacia do Tapanã, onde estive ainda ontem mesmo, a nossa
segurança pública encontra-se às favas, visto não haver cooperação entre os
órgãos integrantes, e principalmente, entre as unidades, onde impera a vaidade
e inveja, e cada delegacia, cada unidade policial, tem seu banner para
aparecerem na Imprensa da desgraça, que por seus operários WhatsApp, fazem um trabalho
desenformativo à população, numa busca sôfrega de audiência, com programas sangrantes
e esburacados aos montes de lixo, o que não passa de desserviço de comunicação.
São operários sem tino jornalístico, sem conhecimento de causa, limitando-se a
escutar os picotadores de papel que praticam a vassalagem e subserviência, ou
seja: Papagaios de Pirata! Esses, que disponibilizam seus contatos telefônicos
à policiais de rua para aparecerem como em atividade real, sempre, em ações “taturanas”.
É de se ressaltar que se o Ministério Público
tivesse tomado para si as investigações de vários desses crimes acontecidos no
Tapanã, certamente teríamos mais operacionalidade nessa delegacia e em todo o
sistema de segurança pública do Pará, e cristalinamente, nenhum, inquérito policial
falido, cartorial, burocrático, cheio de salamaleques e precatórias, repleto de
juridiquês e carente de verdadeira ciência policial, ou
seja, um ajuntamento de papeis, seriam remetidos à Justiça. Resultados? Pífios.
Então temo na delegacia do Tapanã, índices de solução na casa
de zero dígito, para crimes graves como temos assistido as expressões acerto de
contas, repetidas pelos babadores de microfones Papagaios de Pirata e engolido
pela população, e isso fortalece a criminalidade, haja vista a inoperância
desses policiais de gabinetes, tendo o bandido a certeza de que não será
investigado e daí ter convicção da impunidade, graças, a desídia policial.
A impunidade existe porque não há empenhos dos agentes de
segurança, como se mostra a delegacia do Tapanã, que leva às favas a segurança
pública do estado, esta, administrada por políticos desvairados.
Assim,
embora não tenhamos “uma” lei de investigação
criminal pelo Ministério Público, o ordenamento jurídico brasileiro regula
vários de seus instrumentos, formas e garantias, que devem ser observadas pelo
Estado, e assim deve agir o Ministério Público por seus Promotores de Justiça/GAECO.
Sempre que o
Ministério Público coordena uma investigação vem a tona a discussão sobre os
limites dessa investigação pelo Ministério Público, o que certamente tem
um atraso de pelo menos 47 anos, porque o Parquet investiga
crimes há muito tempo no Brasil. Como o famosíssimo caso do Esquadrão da Morte, lá no ano de 1970, sob a
batuta do então Promotor de Justiça Hélio Bicudo.
As policias hoje
jogadas as favas, deveriam ser mais unidas e cooperativas, como bem se ler na Lei nº
12.850, de 2 de agosto de 2013, Art. 1o , que
define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios
de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a
ser aplicado. Então, quanto mais
órgãos investigarem tanto melhor para a sociedade. Todo
monopólio é deletério.
É de se
perguntar: A Polícia pode dar conta de
tudo sozinha? Ninguém pode, especialmente quando se tem mazelentos a
ostentar título de autoridade policial.
À luz do direito
internacional, o papel de promotores e procuradores de justiça na investigação
criminal é trivial e usual. Basta ver as Regras de Havana, conhecidas
como “Princípios Orientadores Relativos à Função dos Magistrados do
Ministério Público“, aprovadas pelas Nações Unidas, na capital cubana, em
1990.
Tristemente o
cargo policial, leia-se; de delegado, simplesmente virou; permita-me delegado! Uma porta para o céu, já que ganham
seus famigerados e desregrados DAS para nada fazerem em prol da população... Data
vênia: do Tapanã! (Foto Copiada direitos ao autor).
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