AOS BRAÇOS DE LÚCIFER
Por motivos
alheios a minha vontade, deixei por dias e até meses sem postar neste espaço,
onde, como bem diz o título, Palavra Livre, daí, uma miscelânea de notas e
matérias aqui se faz divulgação, algumas satiricamente, sendo personagem
principal do satírico, a figura de um delegado de polícia civil, que por sua
perfídia, ganhou vários epítetos dados pelos seus próprios pares e superiores
hierárquicos, dentre os mais conhecidos o de Jaburu Peçonhento, mas,
recentemente a comunidade cristã a que ele se infiltrou, lhe presenteou o de
Pregador Jaburu, haja vista ter cambado para o não catolicismo, vislumbrando,
quiçá, enriquecer como inúmeros falsos obreiros, uma de suas índoles.
Porquanto, vamos usar
a mais atual alcunha, Jaburu Pregador, este que de tanto futricar a vida de
seus semelhantes, com inveja mórbida, megalomanismo e egolatria, agora pretende
azucrinar Lucífer a quem pediu quatro anos ainda neste planeta, o que apavorou mais
ainda, a seara policial paraense, dado o prazo que pedira Jaburu Pregador, para
desencarnar dos umbrais segupiano e da vida terrena por onde malfadadamente ainda
passa.
Pregador Jaburu funestamente
esquecido nos murais segupiano, procurou um amigo de sua convivência e pediu a
este ouvir sua confissão e, por conseguinte, um tratamento para se preparar à
subida ao covil de Lucífer, prometendo assim, ficar mais quatro anos no Planeta
Terra, para assim ter certeza de que seus filhos mais novos fiquem maiores.
Essa desilusão de
Jaburu Pregador com a vida, prende-se pelo fato de ter arrebatado uma jovem no interior
paraense, e com essa firmasse matrimônio dando dois frutos, mesmo na
senilidade, e tal jovem, tenha galgado cargo, e no âmbito de trabalho,
convergido para o se não tenho em casa, alimento-me na rua, e daí, suas
constantes viagens à turismo, inclusive atualmente estaria na Europa como bem nos
explicitou o confidente de Jaburu Pregador.
Estando
abandonado duplamente no âmbito matrimonial e profissional mesmo aposentado,
Jaburu Pregador busca o ato extremo, o que certamente não condiz com o seu sentir-se,
que é como se fosse a fonte de seus próprios bens materiais e espirituais.
Nestes dias Jaburu Pregador vem rimando desta forma:
“quem sou eu, para estar aqui, e te dirigir, eu errei, de ti
me afastei, deixei me enganar, por meu próprio coração, eu sei que não mereço,
meu pecado reconheço, eu cai em tentação, mas quero me levantar, não quero mais
errar, viver na ilusão,”... E nada vai
mudar, a minha decisão... Quero viver só mais quatro anos, tempo que meus
filhos contigo ficarão, e não mais quero estar aqui, pois tu és motivo das
minhas desilusões, assim irei encontrar Lúcifer, e a ele apoquentar.
De acordo com a Bíblia, no segundo dia da criação, depois de
já ter feito o dia e a noite, Deus criou o céu. Nesse mesmo dia, surgiram os
anjos. Um deles era Lúcifer, tal qual Jaburu Pregador, avarento; pérfido;
mefistofélico e invejoso. Não há consenso, mas a ideia mais aceita é a de que Lúcifer
era um mensageiro de Deus... Ledo engano!
O pecado de Lúcifer foi ter deixado sua inteligência e sua posição na hierarquia
celeste subirem à cabeça, tal qual o Jaburu Pregador nos murais segupianos.
Lúcifer já no sexto dia da criação recusou um pedido de Deus: louvar a nova criatura, o homem, feito à
imagem e semelhança Dele. Lúcifer considerava o ser humano inferior –
afinal, ele fora criado antes, assim se comportou Jaburu Pregador enquanto policial,
menosprezando seus próprios pares noviços, e muito mais, os hierarquicamente
inferiores a seu cargo, e ainda traindo seus ídolos na Polícia.
Orgulhoso
Lúcifer decidiu que queria construir seu trono acima de Deus. E convenceu cerca
de um terço dos anjos a apoiá-lo. Para enfrentar a batalha pelo paraíso,
Lúcifer transformou-se num terrível dragão. Usando a ideia de Lúcifer, Jaburu
Pregador cria uma Associação de sua classe funcional, e se lança presidente da
mesma, vislumbrando ser delegado geral via puxa-saquismo e traindo aos seus
pares, e falseando até mesmo seu laparatômico, que ascendeu e Jaburu virou
“anjo caído”.
O lado do bem seguiu na seara policial, os perseguidos pela
inveja mórbida de Jaburu Pregador, somente um ainda não chegou ao posto maior
da Polícia Civil, mas, enveredou na política, e assim como muitas pinturas, é
representado São Jorge com uma lança, uma espada flamejante ou um escudo com a
frase latina “Quis ut Deus?” (“Quem é
como Deus?”). Miguel teria perguntado isso diretamente a Lúcifer, que se achava
igual (ou superior) ao Todo-Poderoso, da mesma forma Jaburu Pregador é visto
nos murais segupiano, os ex-delegados geral com as canetas lhe defenestrando.
Lúcifer pagou um preço maior: foi transformado no horrendo
Satanás, ou Satã, que jurou vingança, prometendo destruir a raça humana. Como
manteve seu poder angelical de mudar de aparência, voltou a se disfarçar de
serpente (desta vez, sem asas) para se insinuar no Jardim do Éden. Lá,
convenceu Eva a provar o fruto da árvore da vida e dividi-lo com Adão, causando
a expulsão do casal. Ainda seguindo a ideia de Lúcifer, Jaburu então
Peçonhento, vira Jaburu Pregador, o que fora descoberto por sua nova
comunidade, ou seja; disfarçou-se de bom pastor.
Sabemos que casais com idades diferenciadas há mais, que vivem
juntos, se dão bem, aparentemente não têm grandes problemas, mas, estacionaram
sua vida sexual, não se sabe muito bem por que –, são cada dia mais numerosos. É
o que lemos nas pesquisas de Robert Epstein, famoso psicólogo de San Diego e
fundador e diretor do Centro Cambridge de Estudos do Comportamento em Beverly,
Massachussetts, entre 10 e 20% dos casais não fazem sexo, o que equivaleria a
40 milhões de pessoas. Acredita-se, além disso, que o número pode ser muito
maior na realidade, já que muitos indivíduos se recusam a falar de sua vida
sexual e muito menos reconhecem que carecem dela quando têm um parceiro. Para
Epstein, um casal sem sexo é aquele que mantém menos de uma relação por mês ou
menos de 10 por ano, certamente Jaburu Pregador esteja no ápice desta situação,
que agregada as suas desilusões profissionais, rogue sua subida até Lúcifer.
Mas a verdade é que, após vários
anos de convivência, não é difícil engrossar a lista de casais assexuados,
ainda que exista bom relacionamento, comunicação e até intimidade. O sexo é a
primeira coisa que se deixa para depois quando a lista de afazeres é longa e
extensa. Em parte porque ainda continuamos com a ideia de que a paixão e o
entusiasmo são qualidades incluídas no pacote “duas pessoas que se amam e vão morar juntas”. O que acontece é que
as baterias descarregam. Ante essa nova situação, muitos pensam que a vida é
assim mesmo e que, inevitavelmente, tudo chega ao fim como decidiu o Jaburu
Peçonhento; Canalha; Carro Velho; Desidioso; Jaburu Pregador e etc. Hoje se
limita aos afazeres domésticos, ganhando a cada viagem daquela que lhe
desiludiu, um avental bordado, e certamente ganhará mais um logo logo, vindo,
quiçá, da França, o que Jaburu se gloriará.
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