MAIOR CRIMINALIDADE NAS
ÁREAS DAS DELEGACIAS LOJA
Na penúltima
matéria aqui postada, delineei a inoperância na Delegacia do Tapanã, e ao
debruçai-me nas estatísticas da Secretaria de Segurança Pública, me vem à
comprovação do índice crescente de criminalidade em nossa cidade, e justamente,
onde existem Delegacias Loja ao molde da do Tapanã, o que, com toda certeza, os
“técnicos” criadores dessa malfadada estatística,
não viram ou simplesmente camuflaram a desídia administrativa reinante na área
de segurança pública do estado do Pará, e especialmente em Belém.
Disse na matéria dentre
outras, que a Policia Civil, havia se tornado apenas a legalizadora das mazelas oriundas das ruas, e que esse fenômeno
acontece devido à covardia e os maus entendimentos dos noviços delegados a
partir do famigerado concurso C-47, de onde se pescou todo tipo lambaris, que
estão na instituição e outros já aposentados, aonde chegaram por influência de
seus pais ou padrinhos atrelados à politicagem partidária, e demonstram o descomprometimento
com a mesma, e que não vestiram a camisa como pediu um então delegado geral
hoje aposentado.
Esse fenômeno
desairoso de funcionamento não é exclusividade da delegacia do Tapanã, mas
outras tantas delegacias sem atividade operacional, por inércia de seus
integrantes, que transformaram em verdadeira loja as delegacias, em cumprimento
de uma desorganização administrativa em voga no estado, especificamente na
Segurança Pública, que abriu essas Delegacias Lojas, quiçá, com o intuito de
abrigarem os desidiosos, os quais as abrem as 08:00 fecham para o almoço e
voltam a fechar às 18:00hs, isso de segunda a sexta, nos finais de semana e
feriado fecha-se a loja e apaga-se as luzes.
Justamente onde
as Delegacias Lojas são instaladas, é o
mais alto nível de criminalidade existente, e aqui indicamos algumas: Terra
Firme; Cabanagem; Jaderlândia; Benguí; Aurá; Jurunas e a aqui já comentada
Tapanã.
E essas
Delegacias Lojas, fazem com que emerjam as derrocadas Divisões Especializadas,
expansão das “lojas”, e que deveriam tratar exclusivamente dos crimes contra a
vida, mas nada tem resposta concreta, visto que de cada dez crimes nenhum é
solucionado, e em alguns casos ainda formam “Força Tarefas”, ficando tudo como
Dante no quartel de Abrantes... Nada solucionado! E covardemente encaminham suas caricatas
peças para a Justiça, carimbada em alto relevo: Acerto de Contas; Que conta?
Quem cobrou! O que devia o assassinado? Como se chegou a essa conclusão? Qual o
tipo de dívida! Perguntas que os Fiscais das Leis não o fazem, e ainda
concordam com essa imoralidade, acerto de contas, sem dizer quem cobrou tal
conta com o morto, diga-se de passagem, que essa ignominia tem conivência sim, dos
Fiscais das Leis, - Leia-se: Ministério Público, que a tudo observa, haja
vista, ser o mesmo, dono da ação, e nada faz para amenizar esses descalabros,
ou seja; seria uma verdadeira Condescendência Criminosa, principalmente, quando
as vitima são indiciadas e alcunhada de PPP.
Essas “Divisões
de Homicídios” espalhadas na capital, também se tornaram refúgio de
inoperantes, haja vista nada solucionarem, e quando se busca a verdade os “operadores” do Direito saem-se com o
mântrico: Não podemos informar nada para
não atrapalhar as investigações... Ora! Ora! Ora! Que investigação se nenhuma letra fora
acrescida nos natimortos Inquéritos!
E aqui cito dois assassinatos,
um que trilha o caminho do arquivamento dos não solucionados, e que certamente, leve o carimbo de “Acerto de
Contas”, é o do escrivão de Polícia Civil, Dantas assassinado dentro de sua
casa em Icoaraci, e que já se arrasta meses e meses sem que nada tenha boiado
de real e concreto para a elucidação. E do investigador também da PC, Carlos
Alberto Meguins conhecido como “Carrapeta”.
No caso de Dantas,
chegou-se a dizer, os policiais, que Dantas
teria morrido por ter uma vida promíscua, e essa afirmação policial, vem justamente,
numa época em que se discute igualdade de gênero. Ora, se isso é motivo para se
assassinar alguém, estão cometendo o crime de discriminação e apologia ao
crime. E esse tipo de insinuação é dirigido todos os dias, alardeada pelos
babadores de microfones, quando dizem ao noticiar um assassinato, que o morto
tinha passagem pela Polícia, se isso também fosse motivo de se matar, se assim
fosse, as policias já estariam falidas, dado o tanto de bronca que respondem
policiais, e isso se comprova em linha direta, a constatarmos que existem mais
delegados na corregedoria de policia civil do que em todas as Delegacias Loja.
Essa mesma
Polícia inoperante e desidiosa, se quer, teve acesso ao celular do escrivão de
Polícia Dantas, para relacionar seus locais frequentados nos últimos dias que
finalizaram sua vida, e aqui não vou lecionar para policiais despreparados. Pois,
se tiveram o celular, não tiveram tino suficientemente competente para
manipular a máquina e fazer o rastreamento, coisa que qualquer criança o faz
como em brincadeira.
A morte do
escrivão de Polícia Dantas fora relegada por seus próprios colegas de profissão
e pior, da própria Unidade em que trabalhava por muitos anos, podemos fazer uma
ilação, ele como muitos foram descriminados, e ainda, foi vítima de preconceito
pelos próprios colegas de Polícia, como acontece em Icoaraci, nada fizeram para
a elucidação que até hoje se arrasta no ostracismo da inoperante Delegacia de
Homicídios daquele Distrito, ao contrário, do empenho incomensurável quanto à
morte do investigador Carlos Alberto Meguins “Carrapeta”, que não era “promíscuo”, repito; que não era “promíscuo”, mesmo atuando como coordenador de
distribuição de “gorjeta” oriunda do
Jogo do Bicho a policiais, e se fosse numa quinta feira, certamente, “Carrapeta”
não teria sido assassinado, dado a enxurrada de policiais que se formava na
Humaitá entre Pedro Miranda e Everdosa onde, “Carrapeta”, os atendia como
colaboradores na vista grossa. E para receber essa “gorjeta”, aquele perímetro
às quintas feiras fica parecido à peregrinação dos muçulmanos à Meca, e vendo
esta cena, lembro-me de que o badalado delgado alcunhado “Dom Cor Leone”
organizava tal qual e na própria delegacia que funcionou na Quintino Bocaiuva entre
Boaventura e Tiradentes, e ali fazia a distribuição de “gorjeta” somente para
delegados, todas as sexta feiras, e tendo este delegado “bicheiro”, agredido o
delegado geral à época, “Kid Bri”... Eu vejo o futuro repetir o passado!
Aqui afirmo de
minha amizade incomensurável com os dois policiais assassinados, que tive o
prazer de com ambos participar de missões policiais, e “Carrapeta”, sempre jogou
futebol ao meu lado e em outras oportunidades contra. Eu afirmo: eram meus
colaboradores em reportagens/matérias policiais, fontes inesgotáveis!
Aqui posso
afirmar também, que o desvendamento recorde da Polícia quanto o assassinato de
“Carrapeta”, deu-se não pela eficiência policial, mas, tão somente pela ação controladora
de área feita por populares, com a instalação de câmeras de vigilância, e muito
mais, pela babaquice dos bandidos, que, aliás, por ter sido um executado,
algumas perguntas ficaram no ar, visto a ligação que “Carrapeta” tinha paralela
a sua atividade policial, e isso ele não escondia, ao ostentar joias de alto
valor financeiro e automóvel. Ou seja; Será
que “Carrapeta” não fora assassinado a mando de algum desafeto? Será que não
foi um de seus colegas policiais que o mandou executar para assumir seu posto
na atividade contrária a de policial? Porque
queriam matar “Carrapeta” era só pela arma? Como os assassinos sabiam da arma?
Sabiam os assassinos quem era aquela vítima? Pelas imagens é mais que
provável que não foi aleatório o ato criminoso. Bem, vamos apurar quem assumiu
a incumbência nas quintas feiras para a grande peregrinação de policiais como
se fazia com “Carrapeta”, até porque, não cessou essa peregrinação naquele
perímetro, ou será que esses policiais continuam indo em peregrinação ali, para
homenagem à memória de “Carrapeta”? Não é difícil identificar os frequentadores
daquele local, as câmeras continuam a filmar assim como sempre filmaram.
Assim caminha
nossa segurança pública, às favas, por inoperância administrativa, despreparo
dos policiais para o mister policial, e não me venham que falta equipamento
para investigação, armamento, viaturas, pois o que mais tem é viatura em uso
pessoal e ações contrária aos interesses da sociedade, o vai e vem de viaturas
apelidadas de descaracterizadas é um desrespeito ao contribuinte.
Se nem seus pares
merecem uma apuração, faça-se uma ideia os menos abastados. E não me venham com
a deslambida desculpa de que falta policial, que isso é pra Mané ouvir, já que
a folha de desconto para as entidades classistas dizem o contrário.
Aqui deixo meu
pitaco: Instalem delegacia em cada bairro funcionando 24 horas, e teremos o
estrangulamento da criminalidade. Coloquem essa montoeira de delegados da
corregedoria e outros nada fazem, nas delegacias tirando plantão, foi para isso
que ingressaram na Polícia.
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