
Adepol uma janela para o céu
O título acima eu tomo emprestado de um artigo do delegado Wilson Ronaldo Monteiro, da Polícia Civil, escrito em outubro de 2009, antes das eleições para a diretoria da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), da qual ele é associado.
Em seu mencionado artigo Wilson Ronaldo alertava seus colegas delegados que a associação deles “não deve ser vista como uma escada para galgar cargos na cúpula segupiana”.
E em seguida conclamava: “Não devemos eleger Delegados que se preocupam apenas em defender interesses particulares ou demonstrem interesse político”.
Evidentemente que Wilson Ronaldo se referia ao então presente caso dos dois principais integrantes do Sindicato dos Delegados (Sindelp), Raimundo Benasuly Maués Junior e Justiniano Alves Junior que tão logo eleitos foram nomeados pela então governadora Ana Júlia Carepa para os dois principais cargos da Polícia Civil - Delegado Geral e Delegado Geral Adjunto, respectivamente, lançando no esgoto o compromisso de campanha de representar seus colegas perante o Poder Público porque sucumbiram a tentação de ocupar aqueles cobiçados cargos.
Jarbas Passarinho a quando da assinatura do famigerado AI-5 (Ato Institucional Nº 5) do Governo Militar fez a seguinte declaração: “às favas os escrúpulos de consciência”. E de tal forma agiram Benassuly e Justiniano, pensando unicamente em seus interesses pessoais.
E mais, um ano depois foi nomeada a delegada Eugênia Andréa Rebelo de Andrade Trindade, então integrante da diretoria da Adepol e irmã da então presidente Perpétua Picanço, para o cargo de Delegada-Geral Adjunta, enquanto Justiniano passava a ser o Delegado Geral porque Benassuly fora afastado provisoriamente diante de sua infeliz declaração na Comissão de Direitos Humanos do Senado, a respeito da jovem presa com mais de vinte marmanjos em uma cela da delegacia de Polícia de Abaetetuba.
Wilson Ronaldo em seu incendiário artigo conclamava seus colegas para que naquele 15 de outubro votassem conscientes “pois muitos irão se apresentar como verdadeiros líderes sindicais, todavia, em 2010 teremos eleição para eleger o Administrador ou Gerente (evidentemente se referindo ao governador) de nosso Patrão (se referindo ao Estado do Pará)...”.
E finalizava Wilson Ronaldo censurando aqueles aproveitadores que foram eleitos para representar a categoria, mas que se bandearam para o lado do “Gerente” atraídos pelas benesses do cargo nos seguintes termos: “Teremos uma pessoa interessada em lutar pela classe ou a ADEPOL será apenas UMA JANELA PARA O CÉU?”.
A referida eleição, diante de irregularidades, viria ser anulada através de decisão da juíza Luana Santalices, titular da 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital, sendo convocada nova eleição realizada meses depois, quando foi eleita a atual diretoria, cuja permanência durou poucos meses até serem 4 (quatro) deles alçados para os apetitosos cargos que agora passarão a ocupar – Rilmar Firmino, tesoureiro, como Delegado Geral Adjunto; Silvio Maués, presidente, como diretor da DPI; Ione Coêlho, vice-presidente, como diretora da DPM e João Bosco, secretário, como diretor da DPE.
As colocações de Wilson Ronaldo se tornaram regra para quem chega à diretoria da Adepol, a exemplo desses quatro diretores, inclusive já veiculado neste blog.
Assim a Adepol torna-se mesmo uma escada para galgar cargos e uma janela para o céu.
Enquanto a Adepol que é "uma janela para o céu".
ResponderExcluirO Sindelp (sindicato dos delegados) é "uma porta para céu", pois é do sindicato que estão saindo os que são nomeados para DELEGADO GERAL.
Antes o Benassuly e o Justiniano, e agora o Nilton Atayde.
Portanto, o delegado Wilson Ronaldo tem que fazer uma adaptação ao seu artigo: a Adepol é a janela e o Sindelp a porta, para céu.