
UM FALCÃO CANALHA
O Jaburu peçonhento furibundo com as postagens feitas neste blog adaptou um texto bizarro, lamurioso e saudosista, em uma fabula na qual titulou de “O Falcão, o corvo e a gralha”. O Peçonhento Jaburu se diz injustiçado e vitima de dois ingratos, e que muitos de sua raça já lhe chamaram para atenção que prestava aquela duas aves de espécie diferentes. Mas, por comiseração e piedade cristã, fez ouvido de mercador, acreditando estar fazendo um bem àqueles dois indesejáveis, que ora tentam atira-lhe pedras, inconformados com o seu distanciamento de ambos.
Esqueceu o Jaburu Peçonhento, de dizer na fabula, que o mesmo usou por inúmeras vezes da coragem do corvo e da gralha para destilar seu veneno e bicar os gorilas, leões, onças e depois cinicamente, voava até aos mesmos para presta-lhes solidariedade, entregando de bandeja as cabeças do corvo e da gralha, que na época, pensavam estarem fazendo um bem para a floresta, ouvindo as lamúrias e desditas do falcão, isso em seus próprios ninhos. Hoje, quer esse malfadado e desditoso falcão, posar de vitima de ingratidão e aleivosia, sem negar o conteúdo dos cânticos dos cânticos sobre a sua saga naquela mata, que agora ficou distante da covardia do falcão que insisti em ali ficar e rapinar.
O cínico falcão deixou de explicitar que a gralha deixava-se usar, numa prova de amizade, com intuito despretensioso de vê-lo alcançar vôos mais altos dentro da floresta, mesmo sendo rotineiramente chamado atenção por um atento papagaio, que fora perfidamente apelidado de “japonês” pelo Falcão, usando-se do denodo profissional do corvo.
Dentre tantos aconselhamentos do papagaio a gralha, um ficou arraigado: “Gralha, o Falcão só fará vôos mais alto nesta floresta, se dois raios caírem ao mesmo tempo na minha cabeça”. A profecia do papagaio fora consumada. Agora, se o falcão fosse um galo, somente pousaria na vara fétida do poleiro que fica rente ao chão do galinheiro.
O corvo sabe muito bem, que a Gralha já matara a fome do falcão e sua prole, logo, como poderia ter inveja de um fracassado e inoperante falcão? Por sua vez, o corvo muitas vezes, perdera seu sossego para ouvir as lamúrias do falcão que lhe importunava na calada da noite, nos finais de semana com único propósito de maquinar ataques aos que fazem parte de sua raça e estavam sempre voando muito mais alto, e isso lhe incomodava profundamente. Em suma, o maquiavélico e mefistofélico falcão, sempre sofrera mais com a vitória dos de sua raça do que com sua própria derrota.
Esse imaginário falcão, que não passa de um Jaburu Peçonhento, é uma ave de rapina, assim, ao querer voar tão alto, está sempre se escondendo para atacar suas incautas presas de forma covarde e maliciosa. Não conseguiu até os dias de hoje ir tão alto como pretendeu, mesmo praticando vassalagem e perfídia, e muito menos agora no ócio da senilidade, de asa cortada por outros falcões atentos a maldade perpetrada pelo mesmo. Hoje perambula em busca de outros corajosos e intrépidos corvos e gralhas, para assim poder atacar em ato inopinado suas possíveis presas, essas, sempre mais fortes e no topo das árvores e não rastejante como sempre foi e está este imbecilóde falcão do agreste.
Colocar a culpa nas pessoas é julgamento. A verdade é que as pessoas preferem buscar um “inimigo” para projetar nele suas podridões escondidas. Sempre colocam a culpa nas pessoas e não reconhecem que elas mesmas precisam de uma mudança. Precisam de arrependimento.
Não podemos perder o nosso tempo com tanta mesquinharia. Você colhe o que planta. Não culpe a Deus nem as pessoas, a culpa é sua!
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