
O retorno do boquirroto
como delegado
Novamente fui instado através de email por um de nossos leitores que se deliciam com os contos policiais aqui postados, todos, baseados em fatos reais acontecidos na seara policial do estado do Pará.
O querido leitor, afirma que um dos mais engraçados, e ao mesmo tempo trágico, devido a vilania do personagem central, foi: O ESCRIVÃO BOQUIRROTO. E que agora sabe, tratar-se do renomado delegado aposentado cognominado por seus pares, de Jaburu Peçonhento.
Revela o dedicado leitor e agora colaborador, que nos idos anos noventa, o Jaburu Peçonhento, após um vácuo, militando na advocacia, onde acumulou inúmeros fracassos, com exceção na defesa em Processo Administrativo de um intrépido investigador da Polícia Civil paraense, retorna a seara policial, já no cargo de delegado de Polícia. Passado algum tempo, torna-se presidente de sua entidade de classe.
Com a eleição ao governo de Almir Gabriel, assume a pasta da Segurança Pública um renomado Promotor de Justiça do Estado, que num gesto de boa vontade e melhorar a unidade entre os delegados, convocou os mais antigos, para que em comum acordo, escolhessem o delegado geral. Tendo a escolha recaída no delegado Brivaldo Soares, conhecido como Kid Bry.
Passados aproximadamente noventa dias da posse pomposa de Brivaldo Soares, uma fortaleza do jogo do bicho é arrebentada por policiais civis cumprindo determinações daquela autoridade, ocasionando verdadeiro mal estar entre seus pares, responsáveis por sua ascensão, haja vista, o bicheiro gozar de grande prestígio entre àqueles.
Inconformado com a “traição” de Brivaldo, um delegado com fama de todo poderoso, e até chamado por alguns policiais idiotas e babacas, de “meu papai”, resolveu tomar satisfação com o “traíra”, pretendendo ir até a casa do mesmo. Porém, para se precaver, passou na residência do Jaburu Peçonhento, seu presidente classista, informando-o de suas intenções, e que ficasse atento caso sua empreitada não tivesse êxito, a fim de defendê-lo, constituindo um advogado, em caso de prisão.
A promessa do delegado valentão fora cumprida. Pois, no dia seguinte, estampara-se na imprensa (inclusive matéria de nossa autoria), que o mesmo invadira a casa de Brivaldo, dando-lhe uns esfregões de cara, só não indo mais além, devido gritos de socorro de Brivaldo, o que chamou a atenção de toda a vizinhança, com o valentão delegado, sendo tirado por seu motorista que o levou para local até os dias de hoje ignorado.
Este ato fora repudiado por toda a sociedade paraense, com a promessa do governador, de apuração rigorosa dos fatos como acontecera.
O Jaburu Peçonhento mesmo tendo conhecimento prévio das intenções do agressor, nada comunicou ao delegado geral. Mas, ao pressentir que seu delegado ídolo – agressor, tinha passado dos limites, e que ficaria por um bom tempo na geladeira, cinicamente foi até ao gabinete do delegado geral prestar-lhe solidariedade, não segurando a língua na boca, e querendo agradar aquela autoridade, vomitou que o agressor tivera em sua residência avisando de suas intenções, ou seja, testemunhara a premeditação do ato de seu ídolo.
Por sua vez, o delegado geral ao ouvir aquela declaração solidária, viu no mesmo, a peça chave para uma punição rigorosa ao agressor, arrolando-o como testemunha quando de seu ofício a Corregedoria de Polícia Civil.
Ledo engano! Durante a apuração, o Jaburu Peçonhento, fora notificado a prestar declarações para sustentar e confirmar o que dissera em estado de bajulação ao delegado geral.
Tal qual quando escrivão, o Jaburu Peçonhento, destilou seu veneno da covardia, imbuído da síndrome de Judas Escariotes, santamente declarou: “Doutor isso é menos verdade! Eu jamais falei isso ao delegado Brivaldo! Não sei de onde ele tirou essa idéia! Acredito que ele ainda esteja com as seqüelas da agressão que recebera! E por ai vão as baboseiras naquele ato. Assim, culminou com o arquivamento do procedimento administrativo.
Depois dessa covardia incomensurável, o Jaburu Peçonhento ainda teve o descaramento de ao deixar a presidência da entidade classista dos delegados, pedir a direção do IESP para o delegado Brivaldo Soares, que além de traído pelo mesmo, ainda foi chamado de mentiroso. E assim, como Zenaldo nos dias atuais, respondeu: Pode deixar! E na saída de Jaburu de seu gabinete, apontou-lhe a mão com dedo pai de todos ereto e os demais dobrados e o pensamento alto... AQUI PRA TI... CANALHA!
É por essas e outras que o delegado Brivaldo Soares raivosamente, faz coro com outros delegados quando ouve o nome do delegado boquirroto agora aposentado... Canalha! Canalha! Canalha!
Eu sou da seara policial e sei que o Jaburu, Peçonhento e Canalha é o Delegado Roberto Monteiro Pimentel. Alias, toda policia civil, militar, TJE, MP e OAB sabem que é ele, e todos riem de suas estorias, porque Sabem que são VERDADEIRAS.
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