
DESACATO À AUTORIDADE
DEIXARÁ DE SER CRIME
Devo agradecer
penhoradamente o envio de conteúdos para postagens, lamentando não haver
identificação de quem remete. Pois teria o maior prazer em homenagear
nominalmente os colaboradores. Mesmo assim, publicarei todos os bons textos e
conteúdos como o abaixo.
Desacato à autoridade deixará de ser crime
A comissão
de juristas que debate no Senado a reforma do Código Penal aprovou,
na segunda-feira, a descriminalização do desacato a autoridade, que passará a
ser um agravante para o crime de injúria. O código em vigor, criado em 1940,
fixa pena de seis meses a um ano de prisão para quem insulta ou ofende outra
pessoa. O novo texto irá prever de um a dois anos de detenção quando a injúria
for cometida contra servidor público.
"Revogamos
o crime de desacato. Prevaleceu o entendimento de que o desacato não é outra
coisa a não ser uma ofensa à honra do funcionário público praticada em razão da
função que ele exerce. Portanto, foi realocado para a condição de crime contra
a honra. É um crime de injúria com a pena aumentada", destacou o
procurador Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, relator da comissão.
Ele
acrescentou que a pena pode ser ainda maior se houver agressão contra o
servidor. "Se for uma injúria real, o que a gente chama de partir para as
vias de fato, que é dar um tapa, por exemplo, a pena será de um a três
anos", disse Gonçalves.
Celular
Na reunião realizada no dia 07 de
maio, a comissão decidiu, ainda, criminalizar o uso do telefone celular por
detentos em presídios. A pena será de até um ano. Atualmente, a legislação
estabelece punição somente para quem facilita a entrada ou ingressa com o
aparelho nas penitenciárias. "O objetivo no caso é proteger pessoas que
são vitimadas com ligações vindas dos presídios. Até então, não havia pena
nenhuma", explicou o relator da comissão.
A criação
desse tipo penal foi debatida em virtude das inúmeras irregularidades
verificadas em presídios. São frequentes as ligações feitas por detentos para
aplicar golpes e forjar sequestros, exigindo da vítima a transferência de
dinheiro.
O
ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ Gilson Dipp, presidente da comissão
que debate a reforma do código, anunciou que irá pedir a prorrogação de um mês
dos trabalhos do grupo. Até então, o anteprojeto de reforma do Código Penal estava previsto para ser
entregue aos senadores até o fim deste mês. Dipp observou que o grupo ainda irá
debater as leis do colarinho branco, dos crimes ambientais, do tráfico de
entorpecentes e dos crimes cibernéticos. "Ainda hoje vou levar ao
presidente da Casa (José Sarney) o pedido de prorrogação para dar um fôlego a
mais. Até 25 de junho teremos o projeto pronto", assegurou.
(www.uai.com.br) Extraído de:
Associação do Ministério Público de Minas Gerais - 08 de Maio de 2012.
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