terça-feira, 8 de maio de 2012

A ESTRATÉGIA DE UM POLITICO
Um amigo de longas datas me indicou um livro para leitura no final de semana quando estive merecidamente desfrutando das belezas de um refúgio que tenho no interior do estado, e entre ida, permanência e volta, paginei o livro A ESTRAGÉGIA, escrito pelo reverendo Louis P. Sheldon.
Quando me deparei com este livro, jamais pudera imaginar as falácias que o mesmo trás em seu bojo. Devemos estar sempre atentos para o bombardeio de informações que entramos em contato todos os dias, uma vírgula mal coloca ou omitida, uma reflexão sem reflexão... Enfim, voltando para o conteúdo do tal livro, percebo que enquanto estamos conseguindo superar as diferenças existentes em nossa sociedade, hegemônica e patriarcal de origem, aparece-me este cidadão e lança um livro que promete polemizar: A estratégiao plano dos homossexuais para transformar a sociedade. A obra reúne o resultado de 33 anos de pesquisa sobre o assunto do reverendo Louis P. Sheldon.
Diz o autor, fundador e presidente da Coalizão dos Valores Tradicionais, “o que os ativistas gays querem não é apenas tolerância ao homossexualismo, o respeito e a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Eles desejam a legitimização de padrões de comportamento que a Palavra de Deus e a lei moral com que o Criador nos dotou identificam como abominação”. Observe o tom de desrespeito e prepotência de um cidadão que diz defender o direito das famílias em nome da palavra de Deus. E intitula a obra com fins de conscientizar os leitores sobre o que os homossexuais têm feito para manipular a opinião pública e sobrepor-se aos direitos dos demais cidadãos. O que é um absurdo.
O reverendo Louis P. Sheldon oportunamente aproveita um ano eminentemente eleitoral, para manipular as famílias cristãs que seguem veementemente os dogmas bíblicos, para sair com vantagens no pleito eleitoral, isso falando a nível de Estados Unidos, no qual sua população segue os preceitos do evangelho.
Na primeira parte do livro, Sheldon tenta distorcer o movimento homossexual e diz que oferece um olhar abrangente sobre o movimento gay e as dramáticas diferenças entre as afirmações fraudulentas dos homossexuais e a realidade moral de seu estilo de vida.
Na segunda, ele chama de o lobby homossexual que vem atacando os valores tradicionais nos Tribunais, nos locais de trabalho e na escola.
Por fim, a última parte de A estratégia ele ínsita o povo cristãos a posicionar-se contra todo tipo de relação homossexual e se diz o grande defensor do casamento heterossexual, da família e dos valores éticos e morais. Daí eu pergunto; De quem é a estratégia?
Observe este comentário a respeito dos homossexuais feito por Louis P. Sheldon:
“Desde o início, a família tem sido à base de uma sociedade civilizada. Pai, mãe e filhos — essa é a pedra angular do bem-estar social. Porém, a família nas últimas décadas não tem sofrido apenas com o aumento do divórcio e das crises internas; ela tem sido implodida pela estratégia gay, que visa erradicar a estrutura moral da sociedade e promover relações promíscuas. O que os homossexuais e seus apoiadores querem não é apenas tolerância ao homossexualismo, respeito e a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Eles desejam a legitimização de padrões de comportamento que a Palavra de Deus e a lei moral com que o Criador nos dotou identificam como abominação. E cabe aos cristãos, como sal da terra e luz do mundo, denunciar o pecado e combater esse plano diabólico para destruir o ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus”.
Como a sociedade de um modo geral pode se manifestar contra isso?
A liberdade religiosa, de seguir qualquer crença ou religião, possibilita um entrave muito grande para abordarmos temas como o homossexualismo. Cada religião tem seu posicionamento. É inegável que hoje podemos falar sobre tudo, sem precisar nos escondermos atrás de qualquer religião. E isso dá azo a discussão de temas de forma pejorativa, discriminatória, sem precisar submetê-los as severas punições, pois trata-se de liberdade de expressão e liberdade religiosa. O que devemos fazer é contra argumentar o discurso que gera ódio, discriminação e aumenta as diferenças, ao invés de abrir um diálogo de respeito entre as partes. Não é defesa de uma causa ou outra, apenas questiono o modo de viver de cada ser humano dotado de suas faculdades mentais. Ser evangélico ou não, ser homossexual ou não? Não é a grande questão, mas como eu posso me relacionar com o diferente? Como eu posso ter um convívio de paz com o meu próximo, como posso romper com a intolerância?
Cabe a mim a você leitor, não escolher um lado, mas fazer uso da sensatez e do discurso que visa e respeita a diversidade.


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