
A ESTRATÉGIA
DE UM POLITICO
Um amigo
de longas datas me indicou um livro para leitura no final de semana quando
estive merecidamente desfrutando das belezas de um refúgio que tenho no
interior do estado, e entre ida, permanência e volta, paginei o livro A ESTRAGÉGIA,
escrito pelo reverendo Louis P. Sheldon.
Quando
me deparei com este livro, jamais pudera imaginar as falácias que o mesmo trás
em seu bojo. Devemos estar sempre atentos para o bombardeio de informações que
entramos em contato todos os dias, uma vírgula mal coloca ou omitida, uma
reflexão sem reflexão... Enfim, voltando para o conteúdo do tal livro, percebo
que enquanto estamos conseguindo superar as diferenças existentes em nossa
sociedade, hegemônica e patriarcal de origem, aparece-me este cidadão e lança
um livro que promete polemizar: A
estratégia – o plano dos homossexuais
para transformar a sociedade. A obra reúne o resultado de 33 anos de
pesquisa sobre o assunto do reverendo Louis P. Sheldon.
Diz
o autor, fundador e presidente da Coalizão dos Valores Tradicionais, “o que os ativistas gays querem não é apenas
tolerância ao homossexualismo, o respeito e a legalização do casamento entre
pessoas do mesmo sexo. Eles desejam a legitimização de padrões de comportamento
que a Palavra de Deus e a lei moral com que o Criador nos dotou identificam
como abominação”. Observe o tom de desrespeito e prepotência de um cidadão
que diz defender o direito das famílias em nome da palavra de Deus. E intitula
a obra com fins de conscientizar os leitores sobre o que os homossexuais têm
feito para manipular a opinião pública e sobrepor-se aos direitos dos demais
cidadãos. O que é um absurdo.
O
reverendo Louis P. Sheldon oportunamente aproveita um ano eminentemente
eleitoral, para manipular as famílias cristãs que seguem veementemente os
dogmas bíblicos, para sair com vantagens no pleito eleitoral, isso falando a
nível de Estados Unidos, no qual sua população segue os preceitos do evangelho.
Na
primeira parte do livro, Sheldon tenta
distorcer o movimento homossexual e diz que oferece um olhar abrangente
sobre o movimento gay e as dramáticas diferenças entre as afirmações
fraudulentas dos homossexuais e a realidade moral de seu estilo de vida.
Na
segunda, ele chama de o lobby homossexual
que vem atacando os valores tradicionais nos Tribunais, nos locais de trabalho
e na escola.
Por
fim, a última parte de A estratégia
ele ínsita o povo cristãos a posicionar-se
contra todo tipo de relação homossexual e se diz o grande defensor do casamento
heterossexual, da família e dos valores éticos e morais. Daí eu pergunto; De
quem é a estratégia?
Observe
este comentário a respeito dos homossexuais feito por Louis P. Sheldon:
“Desde o início, a família tem sido
à base de uma sociedade civilizada. Pai, mãe e filhos — essa é a pedra angular
do bem-estar social. Porém, a família nas últimas décadas não tem
sofrido apenas com o aumento do divórcio e das crises internas; ela tem
sido implodida pela estratégia gay, que visa erradicar a estrutura moral da
sociedade e promover relações promíscuas. O que os
homossexuais e seus apoiadores querem não é apenas tolerância ao
homossexualismo, respeito e a legalização do casamento entre pessoas do mesmo
sexo. Eles desejam a legitimização de padrões de comportamento que a Palavra de
Deus e a lei moral com que o Criador nos dotou identificam como abominação. E cabe
aos cristãos, como sal da terra e luz do mundo, denunciar o pecado e combater
esse plano diabólico para destruir o ser humano, feito à imagem e semelhança de
Deus”.
Como
a sociedade de um modo geral pode se manifestar contra isso?
A
liberdade religiosa, de seguir qualquer crença ou religião, possibilita um
entrave muito grande para abordarmos temas como o homossexualismo. Cada
religião tem seu posicionamento. É inegável que hoje podemos falar sobre tudo,
sem precisar nos escondermos atrás de qualquer religião. E isso dá azo a
discussão de temas de forma pejorativa, discriminatória, sem precisar
submetê-los as severas punições, pois trata-se de liberdade de expressão e liberdade religiosa. O que devemos fazer é contra
argumentar o discurso que gera ódio, discriminação
e aumenta as diferenças, ao invés de abrir um diálogo de respeito entre as
partes. Não é defesa de uma causa ou outra, apenas questiono o modo de viver de
cada ser humano dotado de suas faculdades mentais. Ser evangélico ou não, ser
homossexual ou não? Não é a grande questão, mas como eu posso me relacionar com
o diferente? Como eu posso ter um convívio de paz com o meu próximo, como posso
romper com a intolerância?
Cabe
a mim a você leitor, não escolher um lado, mas fazer uso da sensatez e do
discurso que visa e respeita a diversidade.
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