PROMOTOR JUSTICEIRO IMPÕE
A LEI DO DESPOTISMO
O jornalista se depara com três situações conflitantes
no dia a dia de seu mister, sendo: com a necessidades de apurar notícias para
os leitores, as suas fontes lhe fornecem a matéria-prima e mas as fontes que
têm os seus interesses nas informações, e nenhuma informação é neutra, como
afirma o mestre Ancelmo Góis; a saber:
"Qualquer
informação serve a alguém e, geralmente, desserve a outra pessoa. Serve a um e
desserve a outro. Não acredito na informação neutra, na informação assexuada.
Toda informação, de certa maneira, glorifica alguém e sataniza outra pessoa.
Enfim, não existe informação neutra e, nós que temos de trabalhar com esse
material, temos de ficar permanentemente atentos. Acho que a ética, a
preocupação de olhar a que serve aquela notícia, a que interesses legítimos ou
não, escusos ou não ela serve é um processo interminável, permanente; é um
produto de agonias e sofrimentos permanente".
Como um
justiceiro, Gilberto Valente que está no segundo mandato à frente do MP após
uma maracutáia do então governador Simão Jatene, que o assim deixou para perpetrar
as mais degradantes ações contra a instituição, valendo-se do compadrio de
alguns pares que lhe acercam no poder, e assim, atacar seus “adversários” de forma covarde e
audaciosa, tudo contra seus próprios pares, de forma dissimulada com edição de
atos que agridem não só a instituição, como a população; esta, que ainda confiava
no Ministério Público; este, que se recente de membros para uma maior prestação
de serviço; serviço este, que ficará, enquanto Gilberto Valente estiver Procurador Geral, sem
existência, haja vista, sua despótica decisão de estancar as promoções de
membros do MPPA.
Esta decisão de Gilberto
Valente é um nocaute na missão constitucional do MP paraense, levando ao
alvoroço os atuais membros que terão ainda mais, de se desdobrarem para uma
prestação de serviço à população que ficará ainda mais distante da ordem
jurídica.
Dado a sua ação
justiceira, vários membros do MPPA se posicionaram contra os atos imorais de
Gilberto Valente, o que lhe levou a promover procedimentos administrativos
contras esses membros, dentre eles o renomado Promotor de Justiça Benedito
Wilson Sá, que de sua cátedra, disse acima de tudo, as verdades precisas contra
Gilberto, sem recadinhos, mas, frente a frente; outro renomado Promotor a ser
vitima de Gilberto Valente, que nutre verdadeira inveja, é Armando Brasil, que
vem a se defender da injúrias e ataques mesquinho do déspota Gilberto Valente.
Armando Brasil,
dentro de sua humildade e sensatez, encaminhou a seus pares e amigos, uma
mensagem de desabafo e profundo dissabor, o que transcrevemos Ut
infra:
Caros
colegas, peço licença a todos para apresentar algumas ponderações que considero
inevitáveis.
Nesses
últimos 2 anos, tenho presenciado e vivido no MP situações que jamais imaginei
possíveis.
Pessoalmente,
tive contra mim, um PAD instaurado pela corregedoria sem a mínima justa causa.
Esse
procedimento foi AVOCADO pelo CNMP à UNANIMIDADE, sob o fundamento de que minha
defesa poderia ser cerceada dentro do meu próprio órgão.
O Pad em
comento, movido pelo então governador Simão Jatene, foi julgado TOTALMENTE
improcedente pelo CNMP.
Paralelamente,
fui processado CRIMINALMENTE por meu próprio órgão. A acusação decorria,
pasmem, do exercício de minhas funções de promotor.
Brincando,
para nunca perder o bom humor, digo que fui o primeiro enquadrado pela lei de
abuso de autoridade, mesmo antes de sua entrada em vigor!!
Essa
denúncia, de tão absurda, foi rejeitada liminarmente pelo Tribunal de Justiça
do Estado.
A injustiça desses procedimentos e a correção
de minha conduta como promotor foram, graças a Deus, reconhecidas pelas
instâncias competentes. No entanto, o dano psicológico, a angústia e a sensação
de abandono institucional já estavam irremediavelmente consumadas.
Vejo, hoje,
CENTENAS de promotores respondendo a procedimento na corregedoria local.
Proporcionalmente, há mais promotores nessa situação do que policiais militares
na respectiva corregedoria. Algo está errado.
Infelizmente,
os problemas não se esgotam nesse tema.
Perplexos, assistimos
um colega ser “despromovido”. Temerosos, tomamos conhecimento de Promotorias
sem segurança por falta de PMs. Abandonados, vemos servidores indispostos a
fazer plantão por suspensão de
pagamento.
Como nunca
tive vida política no MP, como NUNCA ocupei função de confiança em qualquer
administração, evitei externar publicamente minha opinião, meu sentimento,
minha indignação.
Mas os
últimos fatos me impuseram uma tomada pública de postura.
Um
respeitado colega do MP, que todos nós conhecemos, ousou criticar a
administração superior. Alguns podem concordar e outros discordar do seu ponto
de vista, isso não é o problema, é até salutar. Entretanto, contra o colega foi
instaurado um PDP, isto é, um procedimento disciplinar cujo objeto foi o exercício
da manifestação de pensamento.
Os membros
perderam o direito à crítica ? A divergência
tornou-se uma falta funcional? Todos têm que concordar ou se calar?
Atravessamos
uma fronteira perigosa. E esse é meu limite!
Se
abdicarmos do direito à crítica, da possibilidade mínima de contraposição, não
nos restará mais nada.
Por esses
motivos, venho, firmemente, colocar-me à disposição de qualquer colega para
ouvi-lo, conversar, trocar ideias, ajudar a preparação de defesas, expor a
experiência que tive junto CNMP e sobretudo pensar novos rumos para o
Ministério Público.
Abraço
fraterno. Esperança a todos.
Armando
Brasil.
Na verdade, o que se percebe “in
casu” é um exacerbado interesse em tolher o direito de liberdade de
expressão, especificamente, no caso, do Promotor Benedito Wilson Sá e
Armando Brasil, com nítido interesse em manter-se o ora chefe do MPPA, Promotor de Justiça Gilberto Valente, - que
de valentia não tem nada é um covarde
- blindado a qualquer crítica, e
num pedestal de intocabilidade, para que seus atos não recebam críticas, e
fique ele numa falsa posição de paladino da sociedade, quando, em verdade, a
agride, ao envolver-se, conforme denúncia, e documentos oficiais, em atos
delitivos, inclusive com desvio de verba do erário.
Essa atitude do ora chefe do MPPA, de buscar,
processar, o que entendemos indevidamente, a quem apenas faz comentários e tecem
críticas, no caso o celebrado Promotor/Mestre Benedito Wilson Sá, está muito
característico a uma tentativa de conseguir, pelo autoritarismo e utilizando-se
dos meios judiciais, ofuscar as verdades sobre os delitos praticados em suas “missões”.
Observe-se que o Promotor de Justiça Gilberto
Valente, ora chefe do MPPA, na posição que ocupa é essencialmente um homem
público, um funcionário do Estado, com deveres para com a sociedade que paga
seus vencimentos – entre os que o pagam se inclui os promotores Benedito Wilson
e Armando Brasil- e por isto pode e deve o Gilberto Valente ter seus atos
fiscalizados e até criticados por qualquer um do povo, bem como sempre
investigados, quando assim for preciso e exigir a lei, por outras autoridades
com tal dever.
O cargo público tem implícito inegavelmente o
dever de transparência daí que os atos de seus agentes são obrigados a estarem
pautados sempre nos exatos limites do que lhes é legalmente permitido: A LEI; E
todo ato que envolva uma figura criminosa, ao menos suspeita de o ser, deve ser
rigorosamente investigada; denunciada e criticada, e levada às conclusões à
sociedade, desse modo se impõe o interesse público, que está acima do direito
privado de quem quer que seja daí os atos do promotor de Justiça Gilberto
Valente ora no efêmero cargo de Procurador Geral, se revestirem de sujeição a
comentários e críticas, que bem tem
asseverado as Cortes de Justiça deste País.
Destarte, lembramos citação de Ruy Barbosa em
“A imprensa e o seu dever da verdade”, que é bem tocante à função (ou ao
funcionário) público:
“A
autoridade não é uma capa, mas um farol. Queiram ou não queiram, os que se consagram
à vida pública, até a sua vida particular deram paredes de vidro.”
Afinal, não é só a imprensa, mas qualquer do
povo deve ser investigativo, perguntador, crítico, etc., sobre os atos de
funcionários públicos, fazendo valer seu direito constitucional de liberdade de
expressão e de cobrar os atos daqueles a quem paga para trabalhar: o funcionário público.
Bem sabemos que a crítica que é inerente ao sistema democrático, está inegavelmente
sujeito o homem público, inclusive a feita com animus jocandi, na qual se desintegra o elemento subjetivo do crime.
O PERSEGUIDO PROMOTOR DE JUSTIÇA BENEDITO WILSON SÁ |
Não há que se falar em crimes contra a honra,
se o acusado exerceu tão somente o seu direito de crítica, e assim vemos que
agiu o nobre Promotor de Justiça Benedito Wilson Sá e Armando Brasil, aos quais
aplaudo pela coragem de não aceitarem o desmantelamento do nosso querido
Ministério Público do Estado do Pará.
(Fotos ilustrativas; copiadas com direitos aos autores)
Nenhum comentário:
Postar um comentário