terça-feira, 11 de janeiro de 2011


 Seis por meia duzia  sai
Pereirão e entra Sinélio
O delegado Ambrósio Pereira Neto, o “Pereirão”,  foi exonerado do cargo de Assessor Policial, lotado na Secretaria de Estado de Segurança Pública. “Pereirão” passou três anos à disposição do então secretário Geraldo Araújo.
O cargo agora foi preenchido pelo também delegado Sinélio Ferreira de Menezes Filho, que passará a assessorar o atual e recente titular da Segup delegado Luiz Fernandes Rocha.
Não sei das qualidades de Sinélio, mas com poucos anos de atividade na Polícia ele já conta com um prontuário funcional recheado de broncas, com o beneplácito do corporativismo reinante na Polícia Civil.
A última bronca de Sinélio ocorreu no último mês de novembro quando agiu de modo desrespeitoso com a delegada Tânia Mara de Miranda Araújo, lotada na Corregedoria Geral, delegada com quase trinta anos de atividade policial, durante o depoimento de um denunciante em procedimento presidido por Tânia Mara.
Em sua rápida passagem pelo interior, quando estava em Cametá, o delegado Sinélio e um investigador sob suas ordens agrediram fisicamente um adolescente e o enjaularam em uma cela com presos de Justiça maiores de idade, obrigando o adolescente a passar a noite custodiado de forma ilegal e desumana, conforme oficiou a autoridade judicial daquela Comarca.
Pelo visto, Sinélio tem padrinhos fortes no âmbito político.
 Diretor Geral da Segup acusado de
 repasse ilegal de verbas públicas
Também outro bronqueado que foi aportar no seio da Segup é Cláudio Jorge da Costa Lima, para desempenhar o cargo de Diretor Geral, espécie de secretário-adjunto.
Cláudio Jorge é perito do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”, e há pouco mais de um ano, respondeu um processo administrativo disciplinar, onde foi apurado indícios de repasse e recebimento ilegal de recursos referentes a convênio de inspeção veicular firmado entre a Associação dos Peritos e CPC “Renato Chaves”, haja vista que em sindicância realizada anteriormente, ficou concluída a participação de Cláudio Jorge com outros peritos seus colegas.
Um saudoso jornalista citava sempre a célebre frase o que o imperador César disse ao senado romano: “A mulher de César não basta ser honesta, precisa parecer honesta”.
Então os agentes públicos precisam parecer honestos, além da honestidade inerente ao cargo.
Desse jeito o atual titular da Segup começa cercado de pessoas suspeitas. É um mau começo.
O problema é que algumas dessas nomeações são feitas à revelia do titular. São cotas políticas enfiadas goela abaixo do gestor. Porém, a decência, a moralidade, o respeito a sociedade tem que ser maior que os interesses pessoais, ninguém pode conviver com o inimigo no mesmo leito.
Lembro e conto: Quando era policial militar no idos anos 70, fui convocado para ser segurança pessoal de um governador, e o meu parceiro era um assassino inveterado – investigador Palheta, já morto, e disse ao governador, não posso ser seu segurança com um assassino ao meu lado, o governador devolveu o assassino para as ruas, e voltei para a tropa.

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