sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O CUMULO do incensador
Quando este veterano jornalista acreditava que já tinha visto e ouvido de tudo do que há de mais nojento no ser humano, foi acometido de perplexidade com a informação sobre o que ocorrera na festa de aniversário do delegado geral da Polícia Civil do estado do Pará, Nilton Ataíde.
Todos sabem que em natalício de chefe, os bajuladores de plantão – puxa saco mesmo, querendo ser bem visto pelo superior da ocasião, não medem esforços para agradá-lo especialmente nesta data, com intuito de permanência no bem bom, fazendo “festinha surpresa”, carregada nos comes e bebes, com estipêndios oriundos de coletas feitas pelos abnegados – obsequiadores, assessores e funcionários – serviçais, de seu gabinete e de outros circunvizinhos.
O então delegado geral Raimundo Benassuly, em Off, comentava com os mais chegados de que não se empolgava com essas “festinhas surpresas”, pois sabia que eram apenas o exercício da hipocrisia das pessoas que lhe rodeavam. Porém, nada fez para expurgar de seu convívio esses bajuladores de plantão, numa confissão de seu aprisionamento político, na defesa de seu cargo, a estes hipócritas.
Nilton Ataíde quando mero delegado, nunca tivera por parte de seus subordinados queridos, tamanha receptividade como festinha surpresa, presente de bom valor, oratórias carregadas de elogios sinceros, tendo, no entanto, ficado entusiasmado e emocionado com tanta dedicação, neste seu primeiro ano de gerenciamento da Polícia Civil. Ora! Caiu no canto da sereia.
Em que pese não ter os dotes físicos de um “Deus Grego”, Nilton Ataíde é tratado cinicamente pelas colegas de trabalho de seu gabinete, como “gatão”, e pelos colegas de “amado chefe”. O pior de tudo, é que ele acredita piamente.
Mas, o ápice da vassalagem que fez lembrar um notório PHD em bajulação (hoje aposentado), formado pela Sorbonne, e que chegou ao cargo máximo da Policia Civil – Delegado Geral foi o discurso emocionado do delegado Bosco, diretor do DPE, que numa síndrome de Alexandre Pires, agarrou-se a Nilton Ataíde encostando a cabeça em seu ombro, e caiu em um choro copioso, encharcando o paletó do chefe com lagrimas e exclamando com a voz embargada: “Eu te amo doutor”! Isso foi suficiente para que alguns bajuladores ali presentes, em tom de inveja com a performance de Bosco, que incorporou o grande ator Al Pacino, encenando uma opera bufa, dizer que se o aniversariante fosse o governador Simão Jatene, Bosco teria aplicado um infarto.
Vejam a que pontos chegaram os agentes da Polícia Civil do estado do Pará, onde um dos fatores primordiais para ascensão funcional é o esmero na bajulação. Portanto, não é a toa que em casos complexos, tem que se criar forças tarefas para desatar nós investigativos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário