quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

OS TALIBÃS PARAENSES
Nos nossos dias é quase impossível que alguém não tenha lido e ouvido falar em Talibã, que é um movimento fundamentalista islâmico nacionalista que se difundiu no Paquistão e, sobretudo no Afeganistão, a partir de 1994, e que efetivamente governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, apesar de seu governo ter sido reconhecido por apenas três países, até serem expulsos do poder por tropas dos estados unidos e aliados, após atentados no País americano com predominância as torres gêmeas, perpetradas por Bin Laden e seus asseclas.
O regime Talibã é o mais cruel do islamismo, com exceção das armas de guerra, vive como ainda estivéssemos na idade média, ou seja, as mulheres vestem-se dos pés a cabeça com a famigerada burca, nos pequenos furtos os infratores têm as mãos decepadas como penalidade sem direito a ampla defesa e o contraditório, as manifestações festivas devem ser previamente agendadas para que o governo diga-lhes se podem e aonde fazerem tais comemorações. Todas essas e outras atrocidades são feitas em nome de Alá.
Esta explanação tem como objetivo fazer uma analogia aos recentes acontecimentos ocorridos neste estado, dito democrático, que em nome da moralidade da boa educação, o atual governo, orientado pelo gestor da pasta de segurança pública, limitou o espaço e horário das manifestações culturais, confundidas como festa profana pelo predestinado e probo dirigente da segurança pública paraense, às que ocorrem aos domingos no centro histórico de Belém, quiçá para atender os apelos de algumas quatrocentonas fundamentalistas, que lamentavelmente moram naquele espaço, que também abriga o arcebispado e alguns conventos bem como museus cristãos.
É de bom alvitre lembrar aos organizadores das manifestações culturais, que qualquer descumprimento a norma (por analogia o Alcorão) estabelecida na reunião popular, os Talibãs paraense já estão arquitetando nos bastidores transferi-la para a cidade folia ou implodi-la enquanto estiverem no efêmero Poder neste estado aos moldes acima citado.
A demonstração cabal de intolerância deste governo Talibã ocorreu na sede, pasmem-se, da Secretaria de Educação - SEDUC, onde uma formanda universitária em busca de seu histórico escolar, fora barrada pelos vigilantes que fiscalizam a entrada de pessoas naquela sede administrativa governamental, por estar trajando vestido “tomara que caia”, e que, diz a ordem verbal e argumentos usados para aquela ignomínia, era que o traje usado pela servidora fere a moral e o bom costume que deve prevalecer em uma instituição pública.
Há também disfarçada tentativa de esvaziar o evento cultural belenense, enxertando-se na manifestação, grupos de carimbo, bois bumbas, os cabeçudos de São Caetano de Odivelas, a banda musical e orquestra de Vigia e outros grupos folclóricos, para deleite quem sabe, desses Talibãs da administração publica paraense, num verdadeiro “Samba do Criolo Doido”, obra inesquecível do criador do festival de besteira que assola o País Stanislaw Ponte Preta.

2 comentários:

  1. Por que vc sempre diz que o secretário é probo e predestinado? que dar uma de Wolgrand ?

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  2. Digo a você, anônimo, que o jornalista, aqui blogueiro, está apenas sendo educado e dando o portunide ao tempo; Melhor: está dando tempo ao tempo, eis porque diz sempre que o Secretário é probo. Voc^entendeu....?

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