terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tem delegado ai
Perdoe esse pobre
coitado Juíza
Foi uma lástima a entrevista dada pelo delegado Arnaldo Mendes, para justificar o discurso emocionado que fizera com o objetivo de chamar a atenção da Juíza da Infância e Adolescência, com as cotidianas liberações de adolescentes infratores, que diz o delegado não agüentava mais remeter àquele juízo um menor que acabará de praticar um ato infracional.
Como a juíza, diferentemente das bravatas anteriores do delegado Arnaldo, sentiu-se ofendida, pois o delegado ao fazer tal declaração em frente às câmaras de televisão, passou a impressão de que aquela anomalia era culpa do Poder Judiciário. De pronto, a juíza, remeteu uma representação aula na qual cita a Lei (ECA) que fundamenta os seus despachos nos processos por ela julgados e solicita a punição ao delegado bravateiro, junto a Corregedoria da Polícia Civil, que se esmerou em fazer comunicar ao referido delegado, o qual, na petição daquela juíza e na sua falácia, demonstra total desconhecimento ao ECA, querendo confundir a população sobre quem é o verdadeiro culpado por este caos social.
O delegado Arnaldo, ao saber da representação da juíza e cônscio do besteirol que alardeou, resolveu ir até a presença da meritíssima, e ali se retratar prometendo a mesma que este ato impensado jamais se repetirá. Isso quiçá, induzido ou sob intensa pressão de seus pares, principalmente os incompetentes e os integrantes da Banda Podre da PC, temerosos a represália por parte de algum magistrado, quanto ao andamento dos processos aos quais são réus que andam a passo de cágado, ou terem seus caricatos inquéritos ridicularizados publicamente.
O suplicante delegado ao ir à juíza dará a mesma, uma oportunidade ímpar de publicamente exercitar a sua piedade cristã, e colocar de vez por toda os delegados de Polícia Civil do Pará, nos seus devidos lugares, pois já diz o ditado popular “manda quem pode obedece quem tem juízo”, logo não vai ser nenhum barnabé da carreira jurídica que vai querer infamar o Poder Judiciário.
Os operadores do direito, a população e os jornalistas estão aguardando o desenrolar desta guerra entre o elefante e o mucuim, como demonstrou ser na entrevista e em seus atos continuados o “impávido” delegado.
Doutoríssima, Excelentíssima, Magistradíssima, perdoe esse pobre coitado,... Buá, Buá, Buá, Buá. Foram os últimos gestos de referido delegado em sua nova aparição na grande imprensa, da qual ele se serviu para estilinguar os atos de uma magistrada.
Delegado Arnaldo, seu intestino não suporta purgante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário