Demissão por telefone
“Ei, Mané, o patrão mandou dizer que a partir de agora tu não podes mais marcar jogo para a banca”, diria um lambaio do contraventor do jogo-do-bicho ao telefone para dispensar um cambista.
E foi mais ou menos dessa forma que o delegado geral da Polícia Civil, Raimundo Benassuly, mandou dispensar o delegado João Bosco da direção da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Aquele que se acha um reizinho, nos estertores de sua malfadada gestão agiu com falta de respeito e consideração a um colega seu.
O desencontro de informações quanto à saída dos delegados Paulo Tamer e João Bosco de seus cargos de direção na Polícia Civil é uma pequena demonstração do caos que viveu e ainda vive o órgão policial na decadente administração de Raimundo Massaranduba Benassuly, com os dias contados para rasgar do cargo que ocupou imerecidamente.
João Bosco foi dispensado como se cancela um pedido de pizza por telefone. Mas, não se pode esperar muito de alguém que foi sacado a primeira vez do cargo que ocupa por falar asneira perante a comissão de direitos humanos do Senado, retornando um ano depois sabe lá por que.
Ainda ecoará por muitos anos as declarações descabidas de Raimundo Benassuly, quando, provavelmente deslumbrado com o ambiente do Senado, diagnosticou de débil mental a adolescente que permaneceu presa por vários dias em uma cela com mais de vinte homens, criminosos de alta periculosidade, sofrendo toda sorte de abusos sexuais.
Benassuly, que não é médico, nem enfermeiro e sequer foi vigia em clínica psiquiátrica, diagnosticou a debilidade mental da jovem ao proferir esta pérola: “certamente tem alguma debilidade mental porque em nenhum momento informou ser menor de idade”.
Um pouco mais que uma dúzia de palavras envergonhou seus conterrâneos e colegas de profissão país afora, principalmente porque chefiava um órgão de segurança pública, demonstrando em rede nacional tratar-se de alguém tão desprovido de sensatez, que levou a jornalista Dora Kramer a rotulá-lo de débil emocional, débil social e débil funcional.
Alguém com este tipo de concepção de psicólogo de botequim e filósofo de feira, nunca mais deveria chefiar coisa alguma coisa na Polícia Civil.
Em um país preocupado com o bem estar e a segurança de seus cidadãos, o psiquiatra de araque, autor de uma monumental asneira que nem o abestado Tiririca seria capaz, teria sido readaptado a uma atividade que não precisasse mais falar, como distribuidor de livros em uma biblioteca pública, onde pudesse ler e ficar com a matraca fechada.
Eh eh eh eh essa é boa, eu acho que esse delegado geral se inspirou no sambinha do século passado que diz:
ResponderExcluir"O chefe de Polícia pelo telefone manda me avisar ...".
Ei Mané, ops, ei Mundico, a partir do dia 31/12, quem sabe antes, tu não vais sentar mais nessa cadeira, só restará te arrastares pelos corredores sentindo saudades de 4 anos atrás eh eh eh eh
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