sexta-feira, 26 de novembro de 2010



“As meninas da região são todas baixas, aí você confunde a idade, parece até que essa menina tem dois filhos”,Justiniano Alves Jr. (na foto), superintendente do Sistema Penal-PA

Gestores despreparados e sandices vomitadas 
Com a declaração acima o delegado Justiniano Alves Junior, sem nunca ter presidido um Termo Circunstanciado de Ocorrência, divide o prêmio da “Declaração mais Estrambólica”, com seu colega e amigão do peito Raimundo Benassuly Júnior, prova inconteste do despreparo para gerir a coisa pública.
São declarações como essas, incoerentes e estapafúrdias, que envergonham a todos nós, pois, ultrapassam o terreno do bom senso, da coerência e da decência, tudo porque, diante de uma câmera ou um microfone da imprensa, essas figuras de conhecimento limitado, querendo aparecer a qualquer custo, se arvoram a comentar até sobre o sexo dos anjos.
Raimundo Benassuly quando Delegado-Geral da Polícia Civil em seu primeiro ciclo, diante dos microfones e câmeras colocados a sua frente na Comissão de Direitos Humanos do Senado, sem ser médico, sequer enfermeiro de clínica psiquiátrica, fez um “diagnóstico” da adolescente que ficara presa quase um mês na mesma cela com mais de vinte delinqüentes de alta periculosidade na Delegacia de Abaetetuba, que ela “certamente tinha alguma debilidade mental porque em nenhum momento informou ser menor de idade”.
Para disputar com Benassuly, o seu sucessor-antecessor Justiniano Alves Junior, também delegado e, atualmente dirigindo o Sistema Penal do Estado do Pará, na atual e cambaleante administração, ao ser entrevistado sobre a situação da menina de 13 anos que foi introduzida em um centro de recuperação (espécie de cadeia pública), em Altamira, fato fartamente veiculado esta semana nos principais jornais, saiu com esta pérola: “As meninas da região são todas baixas, aí você confunde a idade”. Essa declaração ridícula é uma tentativa burlesca de alguém que quer de qualquer forma justificar uma mazela do serviço público que ele dirige. Sem atentar para o ridículo do pronunciamento, como se tivesse bebericando nos piores becos, Justiniano arvora-se a antropólogo, para complementar que “parece até que essa menina tem dois filhos”. Como então já? – se perguntaria o nosso caboclo interiorano.
É o cúmulo da mediocridade, do comportamento de alguém sem condições técnicas que aceita o desempenho de uma função importante sem o mínimo preparo.
Numa banca composta por dez jurados, o resultado seria óbvio: empate no duro, cinco a cinco. E o troféu da sandice teria que ser dividido entre os dois acacianos que por ironia do destino dividiram nesses quatro anos a chefia da Polícia Civil do Pará, mas que serão defenestrados nos primeiros alvores do ano vindouro.

Um comentário:

  1. Jornalista,

    Essa eu encontrei no blog do Roberto barbosa
    Duelo de gigantes acontece nos bastidores da Polícia Civil do Pará

    Dois delegados da alta cúpula da Polícia Civil, um dos quais está afastado das funções, suspeita de envolvimento em corrupção, estão na disputa de poder, cada um acusando o outro de traição. Até mesmo nota difamatória na internet já foi colocada e um inquérito transcorre pela Delegacia de Crimes Funcionais da Corregedoria Geral da Polícia Civil.
    O caso é mantido sob sigilo, para encerrar de forma melancólica o governo de Ana Júlia Carepa no tangente à Polícia Civil do Pará.

    PS - Funcionários que acreditam no retorno do delegado Luiz Fernandes ao comando da Polícia Civil, dizem que ele age com a mesma calma que o atual chefe de Polícia, delegado Raimundo Benassuly, o qual deverá assumir alto cargo na condição de ex-delegado geral, possivelmente o mesmo em que se encontra o delegado Luiz Fernandes.
    postado por Bip-news às 08:57 em 23/11/2010

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